Enquanto algumas profissões sairão de cena, outras ganharão ainda mais força no mercado de trabalho globalmente. Uma dessas profissões é a de economista.

Economistas no contexto da inteligência artificial

No Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, a preocupação com o desenvolvimento da inteligência artificial e a substituição de mão de obra pela IA foi destaque.

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De acordo com um estudo do FMI, cerca de 60% dos empregos em economias avançadas estão expostos à inteligência artificial.

Em economias emergentes, essa exposição é de 40%, e nos países de baixa renda, 26%. Esses números sublinham não apenas a inevitabilidade da automação em muitos setores, mas também a crescente necessidade de habilidades que apenas os humanos podem oferecer.

Apesar das mudanças tecnológicas, o comércio internacional e a urgência da crise climática, temas recorrentes, mostram que a intervenção humana será essencial na próxima década. 

Economistas terão um papel crucial em pautas de defesa do meio ambiente, do social e da economia, independentemente do setor.

O papel dos economistas na sociedade

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Economistas desempenham um papel vital na interpretação de dados complexos e na formulação de políticas econômicas que impactam diretamente o bem-estar das sociedades. Sua capacidade de discernir entre dados brutos e implicações sociais é essencial para orientar decisões sustentáveis.

Sandro Maskio, professor de economia da Strong Business School, afirma que o mercado oferece mais vagas para economistas do que as faculdades conseguem formar. Com a demanda superando a oferta, os salários são elevados, colocando economistas entre as dez profissões mais bem pagas do Brasil.

Analisando dados da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho de 2021 e 2022, houve um aumento de 90.284 trabalhadores em ocupações relacionadas à atuação do economista no mercado formal de trabalho no país.

No mesmo período, houve um aumento de cerca de 9.000 vagas específicas para economistas formados e com registro profissional. Esse aumento significativo de vagas reflete a recuperação econômica do Brasil pós-pandemia de Covid-19.

Maskio prevê que nos próximos anos, a profissão de economista ganhará ainda mais espaço, devido à exigência de análises rápidas e gestão eficiente em um mercado competitivo.

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Previsões e demandas futuras

Prever o número exato de vagas de emprego para economistas no Brasil na próxima década é desafiador, devido a variáveis como condições econômicas, políticas governamentais, avanços tecnológicos e mudanças no mercado de trabalho.

No entanto, com o crescimento econômico e a contínua necessidade de orientação especializada, a demanda por economistas deve se manter sólida.

Economistas são empregados em diversos setores, incluindo governo, instituições financeiras, consultorias, empresas privadas e organizações internacionais.

A demanda pode variar conforme o desempenho desses setores. Maskio destaca que, para a nova geração de economistas, é essencial dominar ferramentas tecnológicas como Power BI, programação em R e Python. Habilidades em análise de big data, inteligência artificial e economia digital são diferenciais competitivos no mercado de trabalho.

Em resumo, a demanda por economistas segue a conjuntura econômica e as necessidades de análise e planejamento estratégico, cada vez mais pulsantes nas sociedades e empresas. Profissionais que acompanham as mudanças e se adaptam têm boas perspectivas de emprego.

Portanto, embora a inteligência artificial transforme o panorama econômico e social, economistas não apenas se manterão relevantes, mas se tornarão ainda mais indispensáveis na construção de um futuro equitativo e sustentável.

CPG