A Parada Gay, que aconteceu no domingo, 2 de junho, em São Paulo, apresentou pela segunda vez um bloco infantil como tema “crianças e adolescentes trans existem”.

As crianças estavam vestidas com fantasias nas cores das bandeiras LGBT, representada pelo arco íris e da bandeira trans, azul e rosa.

À frente do grupo, havia um homem fantasiado com asas de borboleta, destacando-se sobre uma pequena plataforma onde realizava coreografias que simulavam voos.

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Thamirys Nunes, presidente da ONG Minha Criança Trans e mãe de uma “criança trans” de 9 anos, escreveu em seu Instagram: “O Bloco Crianças e Adolescentes Trans Existem saiu na maior parada do Orgulho LGBTI do Mundo!”.

Em outra postagem, ela afirmou: “Vivemos um cenário de invisibilização e de pessoas que insistem em dizer que nossos ‘filhos, filhas e filhes’ não existem e que devem voltar ao armário”.

Segundo pesquisadores, o público deste ano foi menor do que os anos anteriores, e no auge do evento teve cerca 70 mil pessoas, na Avenida Paulista.

A estimativa é do grupo de pesquisa “Monitor do debate político”, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, que utiliza imagens aéreas para o cálculo.

Exposição de crianças foi criticada

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A Parada Gay em SP já havia mostrado crianças e adolescentes na edição de 2023. Na época, inúmeras críticas foram feitas pela exibição do público infantil em meio à temática adulta.

Uma delas foi do pastor Renato Vargens, que negou a existência de crianças transsexuais:

“Não existe criança trans”, escreveu em seu Instagram. “Os adultos podem fazer o que quiserem de suas vidas. Agora, por que atacar as crianças com suas ideologias? Ora, não existe criança trans, o que existe é uma agenda progressista e anticristã militando contra a família, destruindo a chance de crianças de terem vidas normais”.

Este ano, o vereador de SP, Rubinho Nunes escreveu em seu Instagram:

“Essa é uma das maiores aberrações da esquerda. Deixem nossas crianças em paz! Crianças trans não existem! Isso é criminoso. Criança tem que ser criança, não brinquedo de sexualização de adulto.”

Outra crítica veio pela deputada federal Bia Kicis, também escreveu em seu Instagram:

“Crianças trans não existem!”

O pastor Josué Valandro Jr. mostrou sua indignação ao comentar a postagem da parlamentar:

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“Deixem as crianças em paz”.

Guiame