O cristão armênio Hakop Gochumyan, de 35 anos, foi condenado a 10 anos de prisão durante uma viagem de férias ao Irã com sua esposa, Elisa Shahvardian, de ascendência iraniana-armênia, e seus dois filhos menores.

Segundo informações do Asia News, os juízes basearam sua decisão em uma disposição do Código Penal que pune a mera “suposição” de um crime, sem apresentar evidências concretas. Gochumyan foi acusado de “atividades de proselitismo” consideradas “desviantes” e contrárias à lei islâmica, devido ao seu papel em uma rede de cristianismo evangélico.

A prisão ocorreu durante uma refeição na casa de um amigo em Pardis, próximo a Teerã, onde agentes de inteligência invadiram o local e detiveram todos os adultos, confiscando literatura cristã, incluindo Novos Testamentos em farsi.

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Após a prisão, os filhos do casal foram entregues à guarda da tia de Elisa Shahvardian, enquanto o casal enfrentava condições severas na Prisão de Evin, conhecida por seu tratamento adverso e tortura psicológica.

Shahvardian foi libertada sob fiança dois meses depois, em outubro de 2023, mas Gochumyan permaneceu sob custódia enfrentando acusações contínuas. Seu advogado argumentou a falta de provas durante o julgamento, que resultou na sentença de fevereiro de 2024, posteriormente confirmada após um recurso rejeitado em junho.

As minorias cristãs históricas no Irã têm permissão para praticar sua fé, mas o evangelismo é estritamente proibido, especialmente entre muçulmanos e falantes de farsi. Apesar das restrições e perseguições, a igreja clandestina no Irã continua a crescer, um fenômeno notado pela International Christian Concern (ICC).

A situação de Gochumyan reflete um padrão de repressão contra cristãos no Irã ao longo das décadas, incluindo a proibição de Bíblias em farsi e a prisão de líderes religiosos e convertidos.

Da redação do Portal com informações do site guiame

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