Madonna está sendo processada na Justiça norte-americana por um homem que afirma ter sido exposto a cenas sensuais sem ter sido alertado durante a The Celebration Tour.

O autor do processo alega ter sido forçado a assistir “mulheres seminuas simulando atos sexuais” no palco e que a apresentação tinha teor pornográfico.

A ação também reclama do atraso de mais de uma hora para ser iniciada – uma característica tradicional de Madonna, também repetida no Brasil – e ar-condicionado quebrado durante uma apresentação da artista nos Estados Unidos.

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Para aliviar o calor, ela teria mandado a plateia tirar a roupa.

O fã, Justen Lipeles, reivindica na Justiça o ressarcimento do valor do ingresso.

A última apresentação da turnê de Madonna aconteceu na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no início de maio. Por aqui, a artista também incomodou algumas pessoas.

Em Brasília, parlamentares aprovaram uma moção de repúdio à apresentação por ferir “valores tradicionais” da família brasileira. 

Por aqui, a iniciativa dos deputados não tem implicações judiciais contra Madonna.

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Após show de Madonna, deputado ‘ex-gay’ apresenta PL que proíbe simulação de sexo em eventos

O deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) apresentou, em sessão plenária da Câmara dos Deputados realizada nesta quarta-feira, 8 de maio, um projeto de lei que proíbe a simulação de sexo em eventos públicos.

De acordo com o parlamentar, a “dona Madonna” surpreendeu a todos ao chegar “em seu palanque (e simular) práticas de sexo, masturbação, sexo anal estimulado, todo tipo de ‘molequeira’ e cachorrada”.

Com a Bíblia na mão, o deputado afirmou que não é possível proteger as crianças e adolescentes da erotização enquanto o país continuar “permitindo esses atos de nudez e sexo explícito como se o povo desta nação fosse todo envolvido com prostíbulo”.

Ao defender a proposta que estabelece “medidas para prevenir a exposição indevida a conteúdo sexualmente explícito em ambientes não apropriados”, o deputado alega que o texto tem como objetivo fazer a população brasileira ser respeitada.

Autor do texto, o parlamentar é conhecido por se dizer “ex-gay” e afirmar que a homossexualidade é um pecado tão grave quanto o assassinato.

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Na proposta, ele justifica que o impedimento da encenação de atos sexuais, sejam eles heterossexuais ou homossexuais, em qualquer espaço público, como ruas, praças e shows, visa “promover o respeito aos valores morais e à dignidade humana, bem como proteger a integridade física e psicológica dos cidadãos”.

O projeto de lei, protocolado nesta quarta, está na Mesa Diretora da Câmara.

Além disso, o texto também responsabiliza os artistas e produtores dos eventos por quaisquer infrações e impõe sanções de natureza civil e criminal aos transgressores, entre elas multas, que devem levar em consideração “a gravidade da infração, a reincidência, bem como o impacto negativo causado à sociedade”, e penas de detenção.

A proposta autoriza a prisão em flagrante daqueles que patrocinarem ou praticarem nudez e ato libidinoso em locais proibidos.

Estadão Conteúdo.