Foto: Divulgação PRB

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A sigla que construiu nos últimos anos uma grande bancada no Congresso, mudará de nome e passará a se chamar apenas por “Republicanos” e serão conservadores no costume  e liberais na economia. Criado em 2005, quando abrigou José Alencar, então vice-presidente de Lula, o partido quer deixar para trás a aliança esquerdista e se denominar daqui para frente como um partido de centro-direita.

O partido quer formar um movimento independente do bolsonarismo, que é um exemplo de direita “radical”. As linhas trabalhistas serão as mesmas que o atual presidente, Jair Bolsonaro, adotou nas últimas eleições na campanha vencedora das eleições de 2018. A diferença, pode ser na maneira do discurso que será menos extremado e haverá mais convicção no liberalismo.

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Ser diferente das outras siglas conservadoras, como a do PSL de Bolsonaro, atende a uma estratégia já mirando 2022. A primeira etapa já será nas próximas eleições municipais, onde os novos republicanos terão a missão de aumentar o número de prefeitos e vereadores nos municípios. Em 2016, o ex-PRB conseguiu aumentar o número de prefeitos de 54 em 2008 para 106 em 2016. No mesmo período, os vereadores saltaram de 780 para 1.604. A bancada na Câmara dos deputados conta com 31 deputados federais, sendo a oitava maior e à frente de tradicionais como o PSDB e o DEM.

“Não mudaremos só o nome. Mudaremos de postura. Estamos preparando agora o partido para os próximos 15 a 20 anos”, disse o deputado Marcos Pereira (SP), vice-presidente da Câmara e líder nacional do partido desde 2011. Na avaliação da cúpula para dar um salto daqui em diante seria dar ideologia a sigla, que tinha um programa generalista.

No fim de 2017, Marcos Pereira montou então um grupo para avaliar qual seria a nova cara do “novo PRB”. Era preciso se afastar de siglas denominadas como “fisiológicas”. Faltava identidade ao partido, que tinha histórico de participar de administrações variadas.