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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi alvo de xingamentos, nesta sexta-feira, 14 de julho, por um grupo de cidadãos brasileiros no aeroporto internacional de Roma, segundo fontes da Polícia Federal.

Um dos supostos agressores teria chegado a agredir fisicamente o filho do ministro.

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Os insultos começaram quando o magistrado foi confrontado por três brasileiros por volta das 18h45 no horário local, segundo a PF.

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Uma mulher hostilizou Moraes, chamando-o de “bandido, comunista e comprado”. Outro deu coro aos insultos e, logo depois, chegou a agredir fisicamente o filho do ministro, segundo a PF. Um terceiro homem juntou-se aos dois agressores, proferindo palavras ofensivas.

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Moraes estava acompanhado de sua família no aeroporto. O magistrado retornava da Universidade de Siena, onde havia ministrado uma palestra no Fórum Internacional de Direito.

Os três brasileiros foram identificados pela PF no Aeroporto de Guarulhos, mas não foram detidos. Eles serão investigados em inquérito por crimes contra honra e ameaça.

O STF informou que não irá se manifestar sobre o caso. A CNN está tentando localizar a defesa dos acusados. As informações são do Globo e confirmadas pelo Portal de Prefeitura.

Políticos reagem

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, usaram as redes sociais neste sábado (15) para condenar a agressão sofrida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes em um aeroporto, em Roma.

“Até quando essa gente extremista vai agredir agentes públicos, em locais públicos, mesmo quando acompanhados de suas famílias? Comportamento criminoso de quem acha que pode fazer qualquer coisa por ter dinheiro no bolso. Querem ser ‘elite’ mas não tem a educação mais elementar”, criticou Dino em sua conta no Twitter.

Pacheco usou a mesma plataforma para condenar o ato. Ele considerou “inaceitável” a agressão sofrida pelo magistrado e sua família e afirmou que tal comportamento distancia do país do progresso.

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“Mais do que criminoso e aviltante às pessoas, às instituições e à democracia, esse tipo de comportamento mina o caminho que se visa construir de um país de progresso, civilizado e pacífico”, disse Pacheco.

Vários outros parlamentares se manifestaram. As deputadas Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) estão entre eles. “O ato é fruto do ódio e da ignorância desses que sempre alimentaram um projeto autoritário, antidemocrático e violento para o nosso país”, disse Jandira.

“Os agressores já foram identificados e inquérito instaurado pela Polícia Federal. Que paguem no rigor da Lei. Nossa solidariedade ao ministro e família”, acrescentou.

Já o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que é autor de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que atribui ao STF a competência para julgar ações antidemocráticas, afirmou que tentará votar o texto em agosto.

“A agressão de ogros contra Alexandre de Moraes mostra que é hora de punir os crimes de ódio, alguns já tipificados. Vamos enquadrar a intolerância política, como propus no ‘pacote da Democracia’. Vou procurar o relator Veneziano do Rego e o Presidente para votarmos em agosto”.