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A ministra Cármen Lúcia preside sua última reunião ordinária no plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Após anos a frente da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), se encerrou ontem (13), o mandato da ministra Cármen Lúcia, no tempo em que esteve a frente do STF, Cármen controlou de perto a pauta de julgamentos. Ela teve que lidar em mais de uma oportunidade, com embates entre o Judiciário e os outros poderes. A ministra será substituída pelo também ministro Dias Toffoli.

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Cármen é a segunda mulher a ocupar os cargos de presidente do STF e da CNJ, a primeira havia sido a ministra Ellen Gracie, já aposentada. Em dois anos Cármen Lúcia promoveu políticas que visaram atender lacunas na prestação de atendimento às mulheres no Judiciário.

A ministra afirmou, que presidir o STF foi um fato “excepcional”, não refletindo uma mudança real na situação desprivilegiada da mulher brasileira. “Há enorme preconceito contra a mulher no Brasil”, afirmou na primeira sessão plenária que presidiu, em 14 de setembro de 2016, um dia depois de tomar posse.

Uma semana antes de deixar o comando do CNJ, apresentou e obteve aprovação de três novas resoluções que dizem respeito às mulheres, instituindo políticas de combate à violência doméstica e de incentivo à participação feminina em cargos de comando no Judiciário, além de regulamentar a atenção a gestantes e lactantes em unidades prisionais.

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Cármen Lúcia se deparou ainda com embates, tanto no ambiente interno quanto fora da Corte. Pouco depois de ela assumir, uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello colocou Judiciário e Legislativo em rota de colisão.

Ao longo de seus dois anos de mandato, a ministra teve também de administrar embates com o Executivo, como a suspensão de um indulto natalino editado pelo presidente Michel Temer, concedida por Luís Roberto Barroso via liminar. Outra ocasião que levou a acusações de interferência indevida do Judiciário ocorreu quando o Supremo barrou a posse da deputada Cristiane Brasil (PDT-RJ) como ministra do Trabalho.

Cármen Lúcia confirmou que ao deixar a Presidência do STF e do CNJ, deseja ir para a Segunda Turma, onde ocupará a cadeira deixada por Toffoli. Conhecida por ser dura no julgamento de ações penais, a expectativa é de que a ministra vire o jogo nas questões relativas à Lava Jato.

(Reprodução Agência Brasil)

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