O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), criticou novamente o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira, 2 de julho, ao comentar a alta do dólar.

Em entrevista à Rádio Sociedade, em Salvador (BA), Lula afirmou que Campos Neto tem viés político e que esse perfil não deveria dirigir a instituição.

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Na ocasião, Lula afirmou ainda que, quando o Banco Central estava sob o seu “domínio”, nos anos 2000, havia “autonomia”.

“Eu acho que a minha visão sobre o Banco Central não é uma visão teórica, é uma visão de um presidente que teve um Banco Central sob o meu domínio durante oito anos e com total autonomia”, disse.

Lula voltou a defender a prerrogativa do presidente da República de indicar o dirigente do Banco Central.

“A gente não indica essa pessoa para fazer o que a gente quer não, porque as empresas têm diretoria, as empresas têm conselho, e o Banco Central tem uma função”, falou.

Lula acrescentou:

“agora, o que não dá é você ter alguém dirigindo o Banco Central com viés político. Definitivamente, eu acho que ele tem viés político. Agora, veja, eu não posso fazer nada, porque ele é o presidente do Banco Central, ele tem um mandato, ele foi eleito pelo Senado, eu tenho que esperar ele terminar o mandato e indicar alguém”.

LULA SOBRE BOLSONARO

Durante a entrevista, Lula expressou sua convicção de que Jair Bolsonaro, seu antecessor no cargo, não retornará ao Palácio do Planalto.

Segundo o ex-presidente, os brasileiros precisam “aprender a valorizar a democracia”.

“Ele perdeu as eleições e eu vou te contar uma coisa: não volta mais”, declarou Lula.

Além disso, o presidente mencionou novamente a possibilidade de se candidatar nas eleições de 2026, caso não surja nenhum candidato capaz de “derrotar o fascismo”.

Estadão Conteúdo.