Na 25ª fase da operação Lesa Pátria, a Polícia Federal apreendeu nesta quinta-feira, 29 de fevereiro, 110 mil dólares e 26 mil euros com um dos alvos da investigação, no Tocantins.

O Supremo Tribunal Federal (STF) expediu um total de 34 mandados judiciais — sendo 24 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva e sete de monitoramento com tornozeleira eletrônica.

Além do Tocantins, também há mandados no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.

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A PF mira nesta fase os financiadores, principalmente quem bancou acampamentos em frente aos quartéis do Exército após as eleições de outubro de 2022.

Mandados de prisão

Dois empresários do Distrito Federal foram presos nesta quinta-feira, 29 de fevereiro, na 25ª fase da operação Lesa Pátria, que investiga os ataques às sedes dos três poderes da República no dia 8 de janeiro de 2023.

Os alvos são Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio de Mesquita. Ambos são sócios da rede Melhor Atacadista e suspeitos de financiar o acampamento bolsonarista em Brasília. Em nota, a defesa dos empresários informou que “não obteve acesso à decisão”.

“A realização de apurações pelo Estado é considerada válida, e os investigados vêem agora a oportunidade de elucidar completamente as questões em aberto”, disse o texto.

Tanto a CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), quanto a CPMI dos Atos Golpistas, do Congresso Nacional, pediram o indiciamento dos empresários.

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Joveci já foi apontado como um dos financiadores o acampamento bolsonarista que ficava em frente ao Quartel-General do Exército Brasileiro, além de fornecer transporte para radicais que cometeram os ataques.

Ouvido na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF, Joveci negou ter participado dos ataques – mas, ao mesmo tempo, admitiu ter estado no local no momento dos atos de vandalismo.

Confira a íntegra da nota divulgada pela defesa de Adauto Lúcio Mesquita:

A defesa de Adauto Lúcio Mesquita e Joveci Andrade não obteve acesso à decisão emitida pelo Senhor Ministro Alexandre de Moraes. Ressalta-se que, desde o início, houve esforços para esclarecer todos os fatos, compromisso que será mantido perante o Supremo Tribunal Federal.

A realização de apurações pelo Estado é considerada válida, e os investigados vêem agora a oportunidade de elucidar completamente as questões em aberto.

Eles reiteram seu compromisso com a democracia, o Estado de Direito, o respeito às Instituições, ao processo eleitoral, ao Ministério Público e ao Judiciário, com especial ênfase na sua instância máxima, o Supremo Tribunal Federal.

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O Grupo ao qual Joveci e Adauto são acionistas reitera que é contra o vandalismo e a intolerância política, e acredita que a democracia é feita com pensamentos diferentes, mas jamais com violência. A diretoria do Grupo respeita as Instituições brasileiras, a democracia e o Estado de Direito.