Foragido há mais de um ano, o cantor gospel Salomão Vieira, um dos mobilizadores dos atos golpistas do dia 8 de janeiro, gravou um vídeo fazendo um apelo pedindo doações de “patriotas” para poder manter a si mesmo e a mãe, de 50 anos.

Ele, que foi para o Paraguai, disse que teve o refúgio político cancelado e agora habita o país vizinho ilegalmente.

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O cantor apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro fez um apelo de doações de R$ 1 ao público e divulga uma chave Pix em CPF de uma pessoa identificada como “amiga da família”.

Salomão afirma que o “único crime que cometeu” foi portar uma Bíblia e uma bandeira do Brasil.

Ele admite que estava no Quartel-General do Exército, em Brasília, onde ministrava cultos, mas condena os ataques. Registros gravados por ele antes mostram uma outra história.

Salomão tinha um perfil do Instagram com mais de 300 mil seguidores e instruiu bolsonaristas aglomerados no Quartel-General do Exército, em Brasília, sobre como proceder ao longo do dia 8 de janeiro, quando vândalos invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.

Ele gravou um vídeo horas antes falando para manifestantes se encontrarem no QG onde haveria uma conversa com os acampados e seriam passadas estratégias.

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes expediu mandado de prisão ao cantor gospel e suspendeu todas as contas nas redes sociais.

Agora, ele usa canais de distribuição de mensagens no WhatsApp para poder espalhar as mensagens.

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No vídeo, Salomão também reclama de Moraes.

Depois do vandalismo às sedes dos Três Poderes, Salomão inicialmente disse ter fugido para os Estados Unidos e depois seguiu rumo ao Paraguai.

Por lá, ele mesmo disse que escapou de ser preso. Em março de 2023, uma operação da Polícia Federal prendeu o humorista bolsonarista Bismark Fugazza, no Paraguai. Em um vídeo, Salomão disse ter estado com Bismark horas antes.

Estadão Conteúdo