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Com o apoio de legendas que vão do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira, 11 de julho, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Anistia.

A PEC perdoa punições impostas a partidos que cometeram infrações nas prestações de contas e revoga a determinação de que negros devem receber verba eleitoral de forma proporcional ao número de candidatos.

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Além disso, livra as siglas de sanções por outras irregularidades, assegura “imunidade tributária” às legendas e estabelece um refinanciamento de até 15 anos para o pagamento de dívidas.

A proposta passou com 344 votos sim, 89 votos não e quatro abstenções no primeiro turno, e com 338 votos sim, 83 votos não e quatro abstenções no segundo turno.

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Para entrar em vigor, a proposta agora precisa passar pelo Senado, onde é necessário o apoio de 49 dos 81 senadores, também em duas votações.

Por ser uma emenda à Constituição, o texto não necessita da sanção do presidente Lula para ser promulgado.

Em nota conjunta divulgada ontem, mais de 30 organizações da sociedade civil classificaram como “inaceitável irresponsabilidade” do Congresso a aprovação da PEC.

A Transparência Partidária estima que a anistia pode chegar a cerca de R$ 23 bilhões, se contadas apenas a contas pendentes de julgamento entre 2018 e 2023.

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COMO VOTARAM OS DEPUTADOS PERNAMBUCANOS NA PEC DA ANISTIA?

NomePartidoVoto
Augusto CoutinhoRepublicanosSim
Carlos VerasPTSim
Eduardo da FontePPSim
Eriberto MedeirosPSBSim
Felipe CarrerasPSBSim
Fernando CoelhoUnião BrasilSim
Fernando MonteiroPPSim
Fernando RodolfoPLSim
Guilherme UchoaPSBSim
Iza ArrudaMDBSim
Lucas RamosPSBSim
Lula da FontePPSim
Maria ArraesSolidariedadeSim
Michele CollinsPPSim
Ossesio SilvaRepublicanosSim
Pastor EuricoPLSim
Pedro CamposPSBSim
Waldemar OliveiraAvanteSim
Clodoaldo MagalhãesPVNão
Coronel MeiraPLNão
Mendonça FilhoUnião BrasilNão
Túlio GadêlhaRedeNão
André FerreiraPLNão votou
Luciano BivarUnião BrasilNão votou

Caixa 2

Os partidos poderão usar o Fundo Partidário para efetuar o pagamento das multas. A garantia se estende à devolução de recursos públicos e privados “inclusive os de origem não identificada”.

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De acordo com entidades ligadas à transparência eleitoral, esse trecho da PEC permite que as legendas utilizem para a quitação dos débitos com a Justiça Eleitoral o chamado caixa 2.

Imunidade tributária

A proposta também assegura uma “imunidade tributária” aos partidos e às federações partidárias. Caso seja aprovada, a PEC vai incluir as legendas no rol de instituições que não pagam impostos no País, como entidades religiosas e organizações assistenciais.

REFIS

A PEC da Anistia cria ainda um Programa de Recuperação Fiscal (Refis) para que os partidos possam regularizar os débitos deles. O movimento será feito com isenção dos juros e multas acumulados, aplicando-se apenas a correção monetária sobre os montantes originais.

APENAS DOIS PARTIDOS VOTARAM CONTRA

Apenas o PSOL e o Novo votaram contra a PEC. “Uma autoanistia não é defensável, não é adequada e desmoraliza o instituto partido político” disse Chico Alencar (PSOL-RJ). “Ela tira uma credibilidade, que já não é muito grande, das organizações partidárias. É indefensável.”

Estadão Conteúdo e Portal de Prefeitura.