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O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), se declarou impedido para julgar o recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a condenação que o deixou inelegível.

Como advogado, ele deu entrada em uma ação semelhante contra Bolsonaro nas eleições de 2022.

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A defesa do ex-presidente pediu a redistribuição do caso.

Ao abrir mão do processo, o ministro justificou que tomou a decisão para “imprimir a necessária economia processual e evitar uma futura redistribuição”.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) declarou não ver razão de impedimento:

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Mesmo com parecer da PGR, que lhe garantia a retaguarda no caso, Cristiano Zanin achou prudente deixar a relatoria do recurso, com a ressalva de que o impedimento se aplica “apenas e tão somente” a este processo específico.

Bolsonaro foi condenado em junho do ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por desacreditar as urnas eletrônicas em uma reunião com diplomatas no Palácio do Alvorada.

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Os ministros concluíram que houve abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

O ex-presidente recorreu primeiro ao TSE, que manteve a condenação.

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O recurso no Supremo Tribunal Federal é a última chance de anular o julgamento.

A perspectiva de vitória, no entanto, é considerada remota. Dois ministros que votaram para cassar seus direitos políticos – Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes – compõem também o plenário do STF.

Além disso, historicamente, o Supremo tem sido deferente aos julgamentos da Justiça Eleitoral.

Estadão Conteúdo