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A Venezuela, que era uma das nações mais prósperas da América Latina, vive hoje uma crise econômica e humanitária sem precedentes. O país, que já foi conhecido como “Venezuela saudita” devido à sua riqueza petrolífera, enfrenta uma realidade marcada por hiperinflação, pobreza e escassez de alimentos e remédios após o chavismo.

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No passado, a capital Caracas era famosa por seus prédios modernos, rodovias largas e hotéis luxuosos, com os venezuelanos ostentando o título de “maiores consumidores de uísque do mundo”. Hoje, essa memória de prosperidade contrasta fortemente com a crise atual.

A crise econômica, iniciada no governo de Hugo Chávez e intensificada sob Nicolás Maduro, resultou na fuga de cerca de 25% da população.

Segundo dados da ONU, mais de 8 milhões de venezuelanos deixaram o país desde 2010. As primeiras levas migratórias, entre 2010 e 2015, eram compostas por empresários e profissionais qualificados, perseguidos politicamente. Desde 2020, a crise se aprofundou e a população em geral tem fugido da fome e da falta de cuidados médicos.

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A crise se reflete em estatísticas alarmantes. Em 2017, a média de perda de peso dos venezuelanos foi de 11 quilos devido à fome. Entre 2013 e 2017, o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 37%, e o Fundo Monetário Internacional prevê uma queda adicional de 15% este ano.

A crise venezuelana também reverbera na política brasileira, sendo usada como alerta por candidatos e eleitores de oposição ao Partido dos Trabalhadores (PT), que historicamente apoiou os governos de Chávez e Maduro. Este apoio é um ponto de debate nas campanhas eleitorais.

A Venezuela possui as maiores reservas de petróleo do mundo, sendo essa praticamente sua única fonte de receita externa. Desde a Primeira Guerra Mundial, o país focou exclusivamente no desenvolvimento da indústria petrolífera, negligenciando os setores agrícola e industrial.

Durante os governos de Chávez e no início do mandato de Maduro, a Venezuela recebeu cerca de 750 bilhões de dólares provenientes da venda de petróleo. Contudo, essa abundância de “petrodólares” levou a uma dependência quase total das importações e a uma economia vulnerável, incapaz de sustentar-se em tempos de baixa nos preços do petróleo.

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