O ministro da Justiça, Flávio Dino, usou suas redes sociais, na sexta-feira, 16 de junho, para comentar as investigações da Polícia Federal sobre os atos de 8 de janeiro.

“A cada dia, com as investigações da Polícia Federal, fica sublinhada a gravidade do que vivemos entre o dia 31 de outubro de 2022 e o dia 8 de janeiro de 2023. Tomados por um transe satânico, pessoas tramaram golpes, medidas ilegais, atentados a bomba, depredações, agressões”, escreveu.

A mensagem foi publicada depois que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou pública a análise da Polícia Federal sobre o conteúdo do celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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“Seguirei fazendo o trabalho que legalmente me couber para que tudo seja esclarecido e o Poder Judiciário aplique a LEI contra essa gente perigosa”, declarou o ministro.

Veja trechos das conversas

Cid está preso desde maio, investigado por adulterar o cartão de vacina de Bolsonaro a favor do ex-presidente.

No celular, foram encontradas trocas de mensagens, inclusive com militares da ativa, a favor de atos contra a democracia e de um golpe de Estado, com o objetivo de Bolsonaro não entregar o poder para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Outras Acusações

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Lula disse ter a “convicção” de que o ex-presidente e seus aliados tentaram dar um golpe de Estado com os atos de 8 de janeiro, que culminaram na invasão da Praça dos Três Poderes em Brasília.

As declarações de Lula foram dadas durante entrevista ao jornal espanhol El País, que foi publicada no dia, 27 de abril.

“Não tenho dúvidas de que ele [Bolsonaro] tentou dar um golpe. Isso ia acontecer desde o 1º dia da minha posse, mas como era muita gente, esperei uma semana. Eu vi tudo pela televisão, eles assaltaram o Palácio do Planalto, houve descaso de quem estava assistindo e entraram no Congresso Nacional, no STF e no Palácio. […] Temos a convicção de que tudo foi organizado por Bolsonaro e sua equipe. Ele foi indiciado por 34 acusações e mais serão indiciadas, especialmente processos internacionais. Ele é acusado da morte de mais de 300 mil pessoas, por causa das mais de 700 mil que morreram no Brasil [por causa da pandemia]”, disse o chefe do Executivo brasileiro. 

No dia, 26 de abril, Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal em Brasília sobre os atos extremistas.

O inquérito, instaurado por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tem como objetivo investigar os autores intelectuais dos eventos de 8 de janeiro.

O ministro atendeu o pedido de intimação apresentado pela PGR (Procuradoria Geral da República), que alegou que Bolsonaro “teria supostamente incitado a perpetração de crimes contra o Estado de Direito” em uma publicação de 10 de janeiro.

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Da redação do Portal com informações do g1