O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a visita de senadores a Silvinei Vasques, ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do governo Jair Bolsonaro, no presídio da Papuda, em Brasília. A solicitação foi feita por 17 senadores, a maioria deles bolsonaristas.
Condições das visitas estipuladas por Moraes
Moraes estipulou que até três parlamentares podem ingressar nas unidades prisionais sujeitas à jurisdição da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal por vez.
Continua após a publicidade:
A entrada de acompanhantes, incluindo assessores, seguranças, membros da imprensa, familiares de pessoas custodiadas ou advogados, não será permitida.
Além disso, é proibido portar celulares ou registrar imagens no interior das galerias onde os presos estão confinados.
“Qualquer intercorrência registrada durante as visitas deverá ser imediatamente comunicada ao Supremo”, estabeleceu Moraes.
Senadores autores do pedido
Os senadores que solicitaram a visita são:
- Damares Alvares (Republicanos-DF);
- Eduardo Girão (Novo-CE);
- Esperidião Amin (PP-SC);
- Izalci Lucas (PL-DF);
- Zequinha Marinho (Podemos-PA);
- Jaime Bagatolli (PL-RO);
- Rogério Marinho (PL-RN);
- Ciro Nogueira (PP-PI);
- Sérgio Moro (União-PR);
- Luiz Carlos Heinze (PP-RS);
- Marcos Pontes (PL-SP);
- Tereza Cristina (PP-MS);
- Jorge Seif (PL-SC);
- Plínio Valério (PSDB-AM);
- Cleiton Azevedo (Republicanos-MG);
- Hamilton Mourão (Republicanos-RS);
- Magno Malta (PL-ES).
Prisão de Silvinei Vasques
Silvinei Vasques foi preso em agosto de 2023, sendo investigado por interferência nas eleições de 2022. Ele é suspeito de ter ordenado e/ou organizado blitze da PRF que afetaram a locomoção de eleitores, principalmente no Nordeste, onde o então candidato e agora presidente Lula tinha vantagem nas pesquisas.
Continua após a publicidade:
As operações nas rodovias no dia da votação haviam sido proibidas pelo STF na véspera do segundo turno.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, ordenou a suspensão imediata das blitze sob pena de prisão de Vasques, resultando na desmobilização das ações da PRF nas estradas do Nordeste.