O Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou na última quinta-feira, 20 de junho, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF).

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O pedido é que a Corte declare inconstitucional a lei do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que cria escolas cívico-militares estaduais.

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ALEGAÇÕES DO PT

  • Viola princípios constitucionais e legais
  • Gera altos custos ao Estado,
  • Impacta negativamente na liberdade e desenvolvimento dos estudantes

A reportagem procurou o governo para comentar o caso, mas o governo ainda não se pronunciou.

O Executivo enviou a lei, que foi aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e sancionada no dia 27 de maio.

O governo espera abrir de 50 a 100 unidades no novo modelo até 2025.

As escolas que aderirem terão ao menos um policial militar da reserva como monitor para desenvolver atividades extracurriculares.

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O partido acredita que a escolarização militar compulsória é equivalente à antecipação do serviço militar obrigatório.

Otrecho se encontra no documento enviado pelo PT ao presidente do Supremo, ministro Roberto Barroso.

Partindo da lógica de que as crianças e adolescentes da rede pública estudam nas escolas mais próximas de suas casas, e que, se a escola for militarizada, esses jovens não tem outra opção se não aderir ao ensino militar.

“Se a um adulto é assegurado o direito de objeção de consciência à participação da vida militar, por força de convicção íntima, seja ela filosófica, religiosa ou política isso é ainda mais agudo em caso de crianças e adolescentes, que sequer podem exercer esse direito, em razão de sua menoridade”, diz trecho do documento da sigla.

Além disso, a sigla também questiona questões legais, a eficiência e conflito com a gestão democrática do ensino e a extrapolação das funções das forças militares do Estado de São Paulo.

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PSOL TAMBÉM FEZ O MESMO PEDIDO

No início de junho, o PSOL já havia ido ao STF pedir a suspensão do programa.

A sigla argumentou que a lei das escolas cívico-militares agride a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e os Planos Nacional e Estadual de Educação.

Nesta sexta-feira, 21, Tarcísio defendeu a constitucionalidade da lei estadual, alegando que a lei não cria uma nova modalidade de educação e ensino além das já estabelecidas pela legislação federal.

Conforme defende o governador, a lei apenas institui um modelo de gestão escolar que inclui conteúdos extracurriculares voltados à formação cívica dos alunos.

Estadão Conteúdo.