Os institutos Ibope que hoje mudou de noma para se chamar IPESPE e o instituto Datafolha acabaram mostrando  fragilidade de suas pesquisas de intenção de voto realizadas no Brasil no primeiro turno de 2018. A apuração das eleições gerais daquela ano, só fez aumentar a desconfiança sobre esses levantamentos.

Os principais discordâncias do Ibope e Datafolha apareceram no Rio de Janeiro, Distrito Federal, em Minas Gerais e São Paulo. Além do apontamento para presidente. Confira:

No Rio de Janeiro, a fragilidade das pesquisas ficou gritante. O líder para o governo fluminense no primeiro turno, Wilson Witzel (PSC), com 41,3% dos votos, tinha segundo o Ibope 12% dos votos válidos e com 11% no DataFolha. Enquanto isso, Eduardo Paes (DEM) que era o líder das pesquisas com 32%, acabou com apenas 19,56%.

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Na pesquisa divulgada no último sábado (6), o Ibope trazia 42% das intenções de votos válidos para o governo de Minas Gerais em Anastasia (PSDB), contra 25% de Fernando Pimentel (PT) e 23% de Romeu Zema (Novo). De acordo com o Datafolha: Anastasia teria 40% dos votos válidos, contra 29% de Pimentel e 24% de Zema.

Porém, no final da apuração eleitoral, Zema foi para o segundo turno com o candidato mais votado com 42,7% e teve  Anastasia como adversário, o tucano conquistou 29% do eleitorado.

Em São Paulo, a surpresa ficou por conta de Márcio França (PSB) no segundo turno.  As pesquisas de intenção de voto sempre traziam Paulo Skaf (MDB) entre os dois primeiros colocados, mas o candidato acabou fora da disputa. França tinha 18% dos votos, mas obteve 21,5%. Doria (PSDB) obteve os 31,8% apontados pelos institutos, enquanto Skaf conseguia apenas 21% dos 30% que poderia ter de acordo com as pesquisas.

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Já no Distrito Federal, a surpresa foi Eliana Pedrosa (PROS) que tinha 14% dos votos das intenções e terminou o pleito com 6,99%. Com isso, ela deixou a disputa para Rodrigo Rollemberg (PSB), que obteve 13,9% dos votos e Ibaneis Rocha (MDB) que teve 42% dos votos, como apontavam os institutos.

Ainda no sábado antes da eleição de 2018, Ibope e Datafolha trouxeram as pesquisas para presidente. No Ibope, Bolsonaro tinha 36% dos votos e Haddad aparecia com 22%. Já o Datafolha trazia o deputado federal com 40% e o petista com 25% das intenções. Mas o que se viu na apuração das urnas foi Bolsonaro com 46,03% e Haddad com 29,28% dos votos. Alckmin do PSDB que aparecia nas pesquisas com 8%, teve apenas 4,76% dos votos.

Eleições de 2020

O Datafolha apontou a vitória de Marília Arraes (PT) no Recife e o Ibope “viu” Manuela D’Ávila (PCdoB) na frente (51% a 49%) em Porto Alegre, mas deu Sebastião Melo (55% a 45%). 

Em Fortaleza, o Ibope apontou na véspera da eleição que Sarto, do PDT, venceria com 61%. Errou por dez pontos: ele venceu com 51%.

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Em Belém (PA), o atual prefeito Edmilson (Psol) venceria o segundo turno, segundo o Ibope da véspera, por 16 pontos. Ganhou por 3,5%.

Da redação do Portal com Informações do Portal IG.com.br