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Enquanto a indústria naval brasileira reflete sobre os sucessos e insucessos anteriores, a Petrobras procura harmonizar otimismo e prudência. O ressurgimento dos estaleiros e a criação de postos de trabalho de alta qualidade não dependem somente da procura da estatal, mas também de evitar os equívocos que deram forma à crise passada.

Por meio do lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3) e alicerçada em seu Plano Estratégico (2023 – 2027), a Petrobras estimula a construção de 25 embarcações petroleiras, ao mesmo tempo em que realiza o descomissionamento de 26 plataformas desatualizadas.

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Tal empreendimento suscita tanto otimismo como inquietação nos estaleiros e na indústria naval brasileira, avivando lembranças dos obstáculos já enfrentados, mas criando novas oportunidades de emprego e impulsionando a atividade econômica.

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O atual empreendimento ambicioso traz à tona lembranças de dez anos atrás, quando a Petrobras e o Governo Federal se empenharam de forma incisiva em revitalizar a área.

Ao longo do período de 2000 a 2012, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) testemunhou a destinação de R$ 30 bilhões em recursos financeiros para o segmento, dos quais R$ 10 bilhões foram concretamente liberados.

Essa infusão de recursos financeiros impulsionou o surgimento de novos estaleiros, como o Atlântico Sul Heavy Industry Solutions em Pernambuco e a Enseada do Paraguaçu na Bahia, além da modernização das já existentes instalações navais.

A visão original era grandiosa: atender às demandas da Petrobras e da Transpetro, que solicitaram uma impressionante frota de 26 embarcações petroleiras por intermédio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef).

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O surto resultou na criação de 80 mil postos de trabalho diretos na indústria naval, introduzindo uma nova perspectiva econômica em regiões como Ipojuca, Pernambuco.

As perspectivas para os estaleiros brasileiros são cruciais neste momento.

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O secretário-geral do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Sérgio Leal, sublinha a importância fundamental de suprir as exigências da Petrobras e da Transpetro como um passo determinante para revitalizar a área e gerar postos de trabalho de alto padrão.

Contudo, ele também adverte para a relevância de evitar as falhas ocorridas anteriormente, como a imposição de níveis inalcançáveis de conteúdo nacional.

A requisição de altas porcentagens de nacionalização, à semelhança do que ocorreu com o Promef, é indicada como um dos principais fatores que contribuíram para a crise prévia.

Leal enfatiza que, embora o novo índice de nacionalização ainda esteja sob análise, antecipa-se que será mais realista do que os 65% anteriores, permitindo uma maior adaptabilidade e competitividade.

O ânimo se mantém entre os peritos do setor, com a crença de que as vivências passadas servirão como ensinamentos valiosos para um porvir mais promissor.

As lições assimiladas, tanto os triunfos quanto os insucessos, são componentes vitais para revitalizar os estaleiros e erigir um alicerce sólido visando ao crescimento sustentável.

Fonte: Site Petróleo e Gás