A 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital realiza, na próxima terça-feira (20), o julgamento dos policiais militares Diogo Pereira de Barros e Paulo Sérgio Reis da Silva, responsáveis por uma abordagem policial que terminou com a morte de Marcos Laurindo da Silva, morto a tiros em maio de 2013 na sua própria casa, na comunidade Bola na Rede, no bairro da Guabiraba, no Recife.

O julgamento será realizado no Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, no Recife, a partir das 9h.

Nos termos da denúncia, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) apresentará aos jurados sua tese em prol da condenação do réu Diogo Pereira de Barros pelas práticas de homicídio qualificado por motivo torpe e com uso de meio que impossibilitou a defesa da vítima (Artigo 121, §2º, incisos I e IV do Código Penal), fraude processual (Artigo 347 do Código Penal) e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido (Artigo 14 da Lei Federal nº 10.826/2003); e do réu Paulo Sérgio Reis da Silva pelas práticas de falso testemunho com finalidade de produzir efeito em processo penal (Artigo 342 §1º do Código Penal) e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido (Artigo 14 da Lei Federal nº 10.826/2003).

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Relembre o caso

As investigações apontam que, em 17 de maio de 2013, os réus pararam a viatura da Polícia Militar em frente à residência da vítima, que estava embriagada na rua.

Após a abordagem inicial, Marcos Laurindo da Silva entrou correndo no imóvel, seguido por Diogo Pereira de Barros.

Já dentro da residência da vítima, ele efetuou disparos de pistola contra a vítima, que morreu no local. O crime foi praticado na presença dos pais da vítima e de uma criança de dois anos.

Ao longo da investigação, a Polícia Civil refutou a alegação dos réus de que Marcos Laurindo da Silva teria resistido à abordagem e disparado contra a viatura da PM.

Além disso, ficou comprovado que Paulo Sérgio Reis da Silva, ainda que não tenha participado diretamente da morte da vítima, faltou com a verdade durante as investigações para colaborar com a versão apresentada pelo outro réu.

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Da redação do Portal com informações do Ministério Público de Pernambuco (MPPE)