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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ironizou nesta quarta-feira, 22 de maio, uma declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em que o filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que seria necessário apenas “um cabo e um soldado” para fechar o STF.

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Sem citar o nome do deputado, Moraes afirmou que “o cabo, o soldado, o coronel estão todos presos”, enquanto o Supremo segue aberto.

A declaração foi dada por Moraes no segundo e último dia do evento sobre inteligência artificial, democracia e eleições do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o qual preside. O ministro falava sobre os ataques golpistas do 8 de Janeiro.

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Em seguida, o ministro disse que foram milhares de pessoas que tentaram, atacando as sedes dos Três Poderes, garantir o que chamou de “novo populismo”.

Durante a campanha presidencial em 2018, Eduardo Bolsonaro, em uma palestra para alunos de um curso preparatório para o concurso da Polícia Federal (PF), afirmou que “você não manda nem um Jipe”, se o objetivo for fechar a Corte.

O contexto era uma possibilidade de a candidatura de Bolsonaro, na época presidenciável, ser barrada pelo STF, o que Eduardo afirmou que seria um caso de exceção.

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No seminário desta quarta, o ministro afirmou que os populistas extremistas têm atacado os instrumentos que garantem a democracia, no caso, o sistema eleitoral, usando as redes sociais para propagar notícias falsas e desinformação sobre as urnas eletrônicas.

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Como exemplo de onde isso ocorreu, o ministro citou os Estados Unidos e o Brasil, referindo-se à tentativa de descredibilização das urnas promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Moraes afirma que não há a “mínima possibilidade” de que as big techs não saibam que estão sendo instrumentalizadas para esses fins extremistas, e defendeu diversas vezes a regulamentação das plataformas digitais no País.

Em janeiro, o ministro submeteu uma tese sobre “milícias digitais” para concorrer a uma vaga de professor titular da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

Nela, Moraes comparou os métodos utilizados para a propagação de desinformação na internet àqueles utilizados em regimes fascista e nazista.

Estadão Conteúdo