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A União e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) devem prestar informações ao Supremo Tribunal Federal (STF), no prazo de cinco dias, sobre decisão que autorizou o reajuste de até 15,5% das mensalidades dos planos de saúde individuais ou familiares para 2022.

O pedido foi feito pelo ministro Dias Toffoli, no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 980), ajuizada pela Rede Sustentabilidade.

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Em seguida, os autos da ação devem ser remetidos, sucessivamente, à Advocacia-Geral da União (AGU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR), para que se manifestem.

Desproporcional

Na ação, o partido afirma que o reajuste seria desproporcional em relação ao histórico dos aumentos de planos de saúde individuais e cerca de 70% acima da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A Rede alega, ainda, que há inércia do governo em frear os aumentos no setor de saúde suplementar e que a autorização do reajuste não observou o mínimo existencial dos direitos fundamentais à saúde e à vida, além de desrespeitar o princípio da dignidade humana.

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>>> Planos de saúde individuais terão 15,5% de aumento; ANS autorizou reajuste histórico

Pedido de suspensão

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) protocolou na Câmara dos Deputados uma proposta (PDL 174/22) para sustar a autorização de reajuste, concedida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que permite aumentar o valor dos planos de saúde em até 15,5%. O parlamentar classifica o reajuste como abusivo.

“Mais uma vez vemos uma agência reguladora que parece ignorar a realidade dos brasileiros e toma uma decisão que beneficia unicamente o setor que deveria ser fiscalizado. Não bastassem todos os aumentos decorrentes da inflação, bem como dos efeitos da pandemia, o consumidor brasileiro ainda terá de suportar mais este aumento. Nós estamos trabalhando para barrar este abuso”, afirmou Eduardo da Fonte.

STF