O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltou nesta quinta-feira, 13, a importância de os setores populares recuperaram a “bandeira anti hegemônica”, dizendo que a contestação da ordem vigente não deve ser um privilégio da extrema direita. Em sua avaliação, a negação da política deixa um “vácuo” a ser preenchido por “aventureiros que espalham mentiras e ódio”.

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Na declaração, Lula repudiou o extremismo que, em sua avaliação, “vende uma ilusão”, além de atacar e silenciar minorias e negligenciar os mais vulneráveis.

Na esteira, Lula condenou novamente os conflitos que acometem a Rússia e a Faixa de Gaza. Segundo ele, trabalhadores que deveriam estar se dedicando às suas vidas são direcionados para frentes de batalha. Por fim, disse que a “irracionalidade” no conflito na Europa “reacende os temores de uma catástrofe nuclear”.

Taxação de super-ricos

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O presidente voltou a defender a taxação de super-ricos no mundo e disse que o Brasil está “impulsionando” a proposta no âmbito do G20. Em sua avaliação, vive-se uma “arquitetura financeira disfuncional, que alimenta desigualdade”.

Para o chefe do Executivo brasileiro, a “mão invisível do mercado só agrava a desigualdade”. “Recuperar o papel do Estado como planejador do desenvolvimento é uma tarefa urgente”, disse, pedindo uma “globalização de face humana”.

O presidente lamentou que, atualmente, salário igual para pessoas que exercem a mesma função ainda é “utopia”. As mulheres são “um dos elos mais vulneráveis na cadeia do trabalho”, comentou.

Indireta a Musk

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Na fala, Lula aproveitou para mandar uma indireta ao empresário Elon Musk, proprietário da rede social X, antigo Twitter.

Mudanças na governança global e uma reformulação da OIT

Lula voltou a defender mudanças na governança global e uma reformulação da OIT.

Para o chefe do Executivo brasileiro, cada país deve ter direito a um voto, independentemente do Produto Interno Bruto (PIB) ou tamanho.

Na esteira das cobranças, Lula disse que a OIT tem a “obrigação” de construir um projeto de Inteligência artificial para que o Sul Global possa competir com países ricos. “Temos que atuar para que os benefícios da Inteligência Artificial cheguem a todos”, disse. Segundo ele, no Brasil formula um plano com “olhar especial” para as diferenças no trabalho doméstico.

Estadão Conteúdo