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Uma pesquisa recente realizada pelo Datafolha revelou que a maioria dos evangélicos na capital paulista não aprova a interferência política de pastores durante o período eleitoral. O estudo, que entrevistou 613 moradores que se identificam com a fé evangélica, destacou que 56% preferem que os pastores não apoiem candidatos, enquanto 70% são contra a prática de pastores indicarem diretamente em quem votar. Além disso, 76% dos entrevistados se opõem a recomendações pastorais para não votar em determinados candidatos.

A pesquisa também mostrou que a maioria esmagadora dos evangélicos (80%) nunca escolheu um candidato sugerido por seus líderes religiosos, e 90% afirmaram que nunca se sentiram pressionados a seguir tais sugestões.

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Em relação à confiança em políticos evangélicos, os resultados foram mistos: 31% dos entrevistados afirmaram confiar mais ou um pouco mais em políticos que compartilham a mesma fé, enquanto 27% disseram confiar um pouco menos ou muito menos. Para 37% dos evangélicos, a religião do político não faz diferença em sua confiança.

A pesquisa também abordou a percepção dos evangélicos sobre a relação entre política e religião, mostrando que 55% discordam que política e valores religiosos devem andar juntos. Além disso, 76% dos entrevistados acreditam que os pastores não devem falar sobre política durante os cultos.

Esses dados refletem uma clara resistência entre os evangélicos em São Paulo quanto à politização dos púlpitos e à influência de seus líderes nas eleições. Essa tendência sugere uma preferência por uma separação mais clara entre atividades religiosas e campanhas políticas.

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Para a próxima eleição municipal, 87% dos evangélicos consideram essencial que o candidato a prefeito acredite em Deus, embora haja opiniões divididas sobre a importância de o candidato compartilhar a mesma fé, com 53% achando isso irrelevante e 50% considerando um pouco ou muito importante.

Esses resultados lançam luz sobre as dinâmicas complexas entre fé, política e eleições na maior cidade do Brasil, evidenciando a diversidade de opiniões e a resistência a influências religiosas diretas no cenário político.