“E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós o deixarmos soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro: ‘Livres finalmente, livres finalmente! Graças ao Deus Todo-poderoso, nós somos livres finalmente!’”.

O trecho do discurso “I Have a Dream” (Eu tenho um sonho, em tradução livre), de Martin Luther King Jr., feito em 28 de agosto de 1963, é sobre seu sonho pessoal de liberdade, que foi compartilhado publicamente com milhares de pessoas na capital do EUA.

Durante a Marcha em Washington por Trabalho e Liberdade, que congregou cerca de 250 mil indivíduos diante do Monumento a Lincoln, o orador capturou a atenção da multidão com seu discurso emocionado, no qual evocou o supremo defensor da liberdade: Deus.

Continua após a publicidade:

Seis décadas de um ideal

Comemorando o sexagésimo aniversário do notório discurso “Eu Tenho um Sonho”, uma multidão expressiva se reuniu no National Mall no sábado (26). Entre os discursantes estava a única neta de Luther King, que dirigiu suas palavras à assembleia.

Leia também:

ARQUIDIOCESE DE OLINDA E RECIFE informa que homem que pede dinheiro e se diz DIÁCONO não pertence ao seu conjunto de religiosos

Yolanda Renee King, com 15 anos de idade, compartilhou que se tivesse a oportunidade de dialogar com seu avô nos dias de hoje, expressaria: “É lamentável que ainda estejamos aqui, reunidos, para reafirmar nosso compromisso em concluir a missão que ele iniciou”.

Continua após a publicidade:

“Há seis décadas, Dr. King nos instou a combater os três males: racismo, pobreza e intolerância”, declarou. “Hoje, o racismo persiste. A pobreza persiste. E agora, a violência armada penetra em nossos lugares de adoração, instituições educacionais e complexos comerciais.”

Enquanto proferia suas palavras, a jovem estava acompanhada de seus genitores: Martin Luther King III e Arndrea Waters King.

Martin Luther King III, um dos quatro filhos do pregador e Coretta Scott King, compartilhou sobre o comprometimento de seus pais em “abraçar o amor e promover a bondade entre as pessoas”.

O Legado de MLK

Luther King Jr. amadureceu em uma era caracterizada por segregação racial intensa, mas não permitiu que tal circunstância o impedisse de ser um visionário. Seu sonho ecoou por toda a nação, tornando-o uma figura de destaque no movimento pelos direitos civis.

Continua após a publicidade:

Luther King foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 1964, em reconhecimento ao seu papel proeminente como líder da resistência não violenta nos Estados Unidos.

Como um pastor batista, ele teve sua vida ceifada por um ato violento, alvejado no rosto por um tiro de arma de fogo, como anunciado pelo vice-chefe da Polícia de Memphis, no estado do Tennessee.

Na fatídica data de 4 de abril de 1968, King foi atingido por um disparo enquanto estava na varanda do hotel. Dois indivíduos não identificados foram detidos.

Fonte: Site Guiame