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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho 02 do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), anunciou, na última quarta-feira, 09 de fevereiro, que protocolou um ofício à Mesa Diretora para que o comando da Casa abra um processo de cassação do mandato do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP).

O motivo, segundo ele, seria a declaração de Kim Kataguiri, que afirmou que acha que a Alemanha não deveria ter criminalizado o nazismo. A fala foi feita em uma conversa no podcast Flow, no qual Kim e a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) debatiam o tema com o apresentador Bruno Aiub, o Monark. Enquanto Tabata criticava a posição de Monark de que deveria haver liberdade para a existência de um Partido Nazista, Kim acabou fazendo a declaração contrária à criminalização do tema.

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“Neste momento, protocolando ofício para a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, para que o presidente Arthur Lira abra processo no Conselho de Ética contra as declarações em defesa do nazismo feitas pelo deputado Kim Kataguiri”, publicou Eduardo Bolsonaro.

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Partidos políticos como PT e PP também anunciaram que representarão contra o parlamentar no Conselho de Ética na Câmara.

Na peça assinada pelo deputado federal André Fufuca (MA), o PP também alega que Kim fez apologia ao nazismo em sua fala

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“As declarações do representado deputado Kim Kataguiri claramente vão contra aos princípios básicos previstos na Constituição Federal, e denotam uma apologia ao nazismo”, afirma a representação

Nas redes sociais, o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), também anunciou que o partido apresentará representação

“ O deputado Kim Kataguiri cometeu crime, pois, se ele é contra a criminalização do nazismo, ele é a favor da liberação. É uma tese simples. A legislação brasileira trata o nazismo como crime”, destacou.

O Conselho de Ética atua por provocação da Mesa Diretora da Câmara para instaurar o processo. Essa provocação pode ser solicitada à Mesa Diretora pelos parlamentares, comissões e cidadãos em geral. Porém, partidos políticos com representação no Congresso também podem encaminhar a representação à Mesa, que envia diretamente o caso ao Conselho de Ética. É o que está fazendo o PP, que também protocolou uma representação contra Kim Kataguiri.

O assunto também será investigado pela Procuradoria Geral da República. Na última terça-feira, 08 de fevereiro, o procurador Augusto Aras determinou a instalação de um procedimento para apurar se Monark e Kim cometeram o crime de apologia ao nazismo. Por causa do episódio, o apresentador foi desligado dos estúdios Flow.

Da redação do Portal com informações da Folha de São Paulo 

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