A vereadora Cida Pedrosa (PCdoB) debateu o requerimento número 12.117/2023, de sua autoria, concedendo voto de aplausos e congratulações ao Movimento dos Sem Terra (MST) pela doação de duas toneladas de alimentos para famílias da Faixa de Gaza, na Palestina, como esforço de assistência humanitária. O voto de aplauso foi votado e aprovado na reunião plenária realizada pela Câmara Municipal do Recife, na manhã desta terça-feira (14).

“Parabenizo aqueles que têm pouco, mas têm a capacidade de doação. O MST é um movimento que luta pelo direto à terra, pela economia da agricultura familiar e está se comprometendo a mandar outras toneladas de alimento. A fraternidade não tem chão e nem terra”, disse.

“É um voto que muito me agrada e sei que agrada a muitos de vocês. Quero aplaudir o MST pela tamanha solidariedade. Há pessoas que perguntam como esses alimentos chegaram em Gaza? Os alimentos seguiram através dos aviões da FAB. Sabemos que a FAB tem encaminhado aviões para trazer de volta os brasileiros na Faixa de Gaza e outras regiões do Estado de Israel que querem voltar para casa, porque a região está deflagrada pela dor”, disse.

De acordo com Cida Pedrosa o que ocorre na Faixa de Gaza “é um genocídio”. A vereadora apresentou dados que, segundo ela, “deixam constrangidas quaisquer pessoas que queiram proteger a humanidade”. Até o presente, disse ela, 2,2 milhões de pessoas sofrem com escassez de água e alimento; mais de 30% dos mortos são crianças segundo informações da ONU; o Hospital de Gaza foi bombardeado e não tem possibilidade de atender à população; e até um hospital indiano que existe na região parou de funcionar.

Na Câmara do Recife, a vereadora lembrou que os conflitos entre Israel e Palestina não é recente.

“Todos acompanhamos aquela guerra e ela não é de hoje. É uma terra para judeus e palestinos. Nós, da esquerda, defendemos um estado independente para palestinos e judeus. Defendendo que os povos possam viver no mesmo local. Nós do PCdoB não defendemos o grupo Hamas, pois o que ele fez é terrorismo. Nós defendemos que o Hamas devolva os reféns, mas também defendemos intransigentemente que Israel pare de bombardear a Palestina”, disse.