O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) Álvaro Porto (PSDB) levou à tribuna na segunda-feira, 27 de maio, a crise na saúde pública do estado.
O parlamentar cobrou uma atitude mais enérgica da Casa frente à situação “caótica e insustentável” da saúde pública.
O deputado repercutiu o caso da recém-nascida que foi atingida de raspão por uma bala perdida na ala pediátrica do Hospital Barão de Lucena, na Zona Oeste do Recife, no último domingo (26).
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“Ao cortar R$ 1,2 bilhão da saúde, essa gestão revelou a falta de compromisso e de respeito com a população”, externou.
Álvaro Porto também destacou a crise enfrentada na área de pediatria com a falta de leitos.
“Mais de dez crianças morreram à espera de um leito em Pernambuco. É um sistema que falhou no seu dever mais básico de proteger os mais vulneráveis”, lamentou.
Nos apartes, parlamentares apoiaram a fala do presidente. Eles também questionaram os cortes de investimento na saúde e apontaram deficiências na rede pública.
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“É inconcebível que o Estado se vanglorie de economizar e ter dinheiro em caixa, mas não possa realizar exames laboratoriais ou cirurgias ortopédicas, além de estar com os corredores de hospitais lotados e de priorizar investimentos na iniciativa privada”, elencou Diogo Moraes (PSB).
Dani Portela (PSOL) denunciou a dificuldade que mães estão tendo em encontrar leitos para crianças que adoecem nesta época do ano por problemas respiratórios.
“Não sei qual é a solução: decretar estado de emergência, criar leitos em outros hospitais ou montar hospitais de campanha. O que não dá é deixar mais de 100 crianças com dificuldade de respirar e podendo vir a óbito a qualquer momento por ineficiência da gestão da saúde do Estado de Pernambuco”, pontuou.
Para Sileno Guedes (PSB), a equipe à frente da Secretaria Estadual da Saúde é ineficiente e não tem sido transparente em relação aos investimentos na área.
Ele lembrou que, em outubro do ano passado, o Governo Federal repassou quase R$ 300 milhões em recursos para Pernambuco, e apenas agora, sete meses depois, foi publicado o decreto que permite o repasse.
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Rodrigo Farias (PSB) sugeriu que a governadora Raquel Lyra siga o exemplo da Prefeitura do Recife, que tem investido na construção de hospitais e na contratação de médicos e de profissionais da saúde.