A Arábia Saudita diminuiu os preços de venda oficiais em todas as regiões, destacando uma perspectiva em deterioração, superando as preocupações com as tensões no Mar Vermelho e os distúrbios no fornecimento na Líbia.

Nesta segunda-feira (8), as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) experimentam uma sessão de declínio, registrando uma baixa de 2,10% para os ativos ON e de 1,65% para os PETR4 às 10h55 (horário de Brasília).

Este movimento está em consonância com a tendência do mercado de petróleo, que sofreu uma queda após a Arábia Saudita reduzir os preços de venda oficiais para todas as regiões. Essa ação ressalta uma perspectiva cada vez mais desfavorável, superando as preocupações relacionadas às tensões no Mar Vermelho e às interrupções no fornecimento na Líbia.

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O preço do petróleo tipo Brent, utilizado como referência por petroleiras globais, incluindo a Petrobras, está em declínio, aproximando-se de US$ 78 por barril, após um aumento de 2,2% na semana anterior. O West Texas Intermediate (WTI) também se aproxima de US$ 73 por barril.

A empresa petrolífera estatal Saudi Aramco implementou uma redução de mais de US$ 2 por barril no preço do seu óleo Arab Light destinado à Ásia, refletindo a persistente fragilidade do mercado global de commodities.

O mercado de petróleo está enfrentando sua primeira queda anual desde 2020, com as perdas sendo impulsionadas pelo aumento do fornecimento fora do cartel da Opep+ e pelas preocupações relacionadas à possibilidade de desaceleração no crescimento da demanda ao longo deste ano, especialmente na China, um dos principais importadores.

Com o início de 2024, Wall Street antecipa mais desafios para o setor petrolífero, e os principais bancos já estão revisando para baixo suas perspectivas para o ano em curso. Warren Patterson, chefe de estratégia de commodities da ING Groep NV, observa que “as interrupções no fornecimento e as tensões no Oriente Médio continuam a fornecer algum suporte” ao mercado petrolífero.