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O senador Major Olímpio (PSL) reagiu à apreensão de mais de R$ 30 mil em espécie na cueca do senador Chico Rodrigues (DEM-RR). Segundo o parlamentar, o foco não deve ser o fato ‘inusitado’ de encontrar o dinheiro escondido nas nádegas.

“Ter dinheiro em casa é lícito, desde que comprove a licitude. O senador, em declarações de bens em campanhas anteriores, sempre declarou que tinha valores muito maior em dinheiro. A questão é a eventual orquestração e direcionamento de recursos destinados ao enfrentamento da covid-19. Se o dinheiro é seu e é lícito, você guarda ou enfia onde quiser. A acusação é muito maior que isso”, comentou major Olímpio.

Ao ser questionado se o senador achava que dinheiro lícito é guardado na cueca, Olímpio afirmou que “não tem problema”.

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“Se o dinheiro for lícito, não tem problema. O que afirmo é que a investigação não era sobre a origem de 33 mil reais na cueca do senador e sim sobre um esquema criminoso de desvios de recursos da saúde em Roraima”, disse.

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Senador comenta sobre o caso

Na última quinta-feira, 15 de outubro, o senador divulgou uma nota, afirmando “estar tranquilo” com a operação da Polícia Federal, que investiga desvios de recursos públicos utilizados no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

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Ele afirmou que a PF “cumpriu sua parte em fazer buscas em uma investigação na qual meu nome foi citado. No entanto, tive meu lar invadido por apenas ter feito meu trabalho como parlamentar, trazendo recursos para o combate à covid-19 na saúde do estado”.

Leia a íntegra da nota:

“Acredito na justiça dos homens e na Justiça Divina. Por este motivo, estou tranquilo com o fato ocorrido hoje em minha residência em Boa Vista, capital de Roraima. A Polícia Federal cumpriu sua parte em fazer buscas em uma investigação na qual meu nome foi citado. No entanto, tive meu lar invadido por apenas ter feito meu trabalho como parlamentar, trazendo recursos para o combate à COVID-19 na saúde do estado.

Tenho um passado limpo e uma vida decente. Nunca me envolvi em escândalos de nenhum porte. Se houve processos contra minha pessoa no passado, foram provados na justiça que sou inocente. Na vida pública é assim, e, ao logo dos meus 30 anos dentro da política, conheci muita gente mal intencionada com o intuito de macular minha imagem, ainda mais em um período eleitoral conturbado, como está sendo o pleito em nossa capital.

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Digo a quem me conhece: fique tranquilo. Confio na justiça e vou provar que não tenho nem tive nada a ver com qualquer ato ilícito. Não sou executivo, portanto não sou ordenador de despesas e, como legislativo, sigo fazendo minha parte, trazendo recursos para que Roraima se desenvolva. Que a justiça seja feita e que, se houver algum culpado, que seja punido nos rigores da lei.”