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Nesta terça-feira (17), ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitaram de forma unanime um recurso de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do Triplex de Guarujá, em São Paulo. No recurso, Lula pedia a mudança no regime inicial de cumprimento de pena e a redução do valor mínimo de indenização decretado na condenação.

A decisão foi tomada pelo relator do caso, o ministro Felix Fischer, e pelos magistrados Ribeiro Dantas, João Otávio de Noronha e Reynaldo Soares da Fonseca. Na ocasião, o ministro Joel Llan Paciornik declarou-se impedido de julgar o caso abordado.

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Além disso, a defesa do ex-presidente também pedia o acesso às mensagens de diálogos entre os procuradores da Lava Jato e o então juiz Sergio Moro. As mensagens foram apreendidas na Operação Spoofing. O objetivo de receber o material seria para afirmar a falta de imparcialidade no processo contra o ex-presidente da República.

Lula foi condenado a oito anos e dez meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-presidente está em liberdade desde o ano de 2019, quando o STF proibiu a prisão em segunda instância. Lula diz que nunca teve propriedade ou utilizou o triplex. O ex-presidente afirma que vai provar a sua inocência no caso.

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Declaração

Em entrevista ao programa de Pedro Bial, na rede Globo, o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falou que se sente decepcionado com Lula, com quem preservou uma certa simpatia enquanto ambos exerciam seus mandatos. Obama chega a citá-lo em seu livro de memórias.

Ao ser indagado pelo apresentador se ainda cultivava apreço por Lula mesmo após as denúncias de corrupção contra o petista, Obama respondeu:  “Bem, com os relatos de corrupção que surgiram, na época eu não sabia de todos eles”.

A conversa continuou baseando-se no livro do democrata, intitulado de “Uma terra prometida”. Ao falar de Lula no livro, ele se refere a ele como “grisalho e cativante”.

“Ex-líder sindical grisalho e cativante, com uma passagem pela prisão por protestar contra o governo militar, e eleito em 2002, tinha iniciado uma série de reformas pragmáticas que fizeram as taxas de crescimento do Brasil dispararem, ampliando sua classe média e assegurando moradia e educação para milhões de cidadãos mais pobres. Constava também que tinha os escrúpulos de um chefão do Tammany Hall, e circulavam boatos de clientelismo governamental, negócios por baixo do pano e propinas na casa dos bilhões.”, escreveu.