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Em entrevista à imprensa indiana neste sábado, 9 de setembro, o presidente Lula disse que a Cúpula do G20 não é a ocasião apropriada para falar de guerra na Ucrânia, e sim a Assembleia-Geral da ONU, marcada para o próximo dia 19.

“Nós vamos ter a partir do dia 19 de setembro a Assembleia-Geral das Nações Unidas. Lá é o lugar para discutir a guerra. Lá é o lugar para discutir a paz. Lá é o lugar para colocar [Vladimir] Putin e [Volodymyr] Zelensky em uma mesa de negociação. Todo mundo é contra a guerra”, disse a rede Firstpost.

“O G20 foi construído por conta da crise de 2008 e trouxe discussões sobre questões econômicas, sobre as instituições de Bretton Woods, o Banco Mundial o FMI. Por isso não achamos que aqui, na Índia, é o lugar ideal para discutir a guerra”, reforçou o presidente.

Lula reafirmou que o Brasil “não vai se envolver na guerra”, mas que quer participar das negociações de paz.

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Os países do G-20 decidiram abrandar o tom ao tratar da guerra na Ucrânia com objetivo de chegar a um comunicado conjunto de consenso na Cúpula em Nova Délhi. Os países ocidentais aliados da Ucrânia precisaram fazer concessões para incluir palavras que agradam a Moscou.

Os líderes reunidos na Índia aprovaram a remoção de um trecho inteiro do texto que exigia a “retirada total e incondicional das tropas russas do território ucraniano”. O comunicado não fala mais em condenação da guerra, nem sequer cita a Rússia.

Antes, o G-20 afirmava que, embora houvesse visões distintas sobre o conflito e sobre as sanções decorrentes dela contra os russos, a maioria dos membros condenava fortemente a guerra.

A declaração anterior citava ainda que a maioria dos países “lamentava nos termos mais veementes a agressão da Federação Russa contra a Ucrânia”.

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A Declaração de Líderes de Nova Délhi foi adotada neste sábado, 9. O primeiro-ministro da Índia, Nadrendra Modi, anunciou que os líderes das principais economias do mundo haviam chegado a um acordo.

Nos últimos dias, os diplomatas que coordenam as negociações se debruçaram sobre os temos do texto. As conversas haviam travado justamente no assunto da guerra, embora houvesse entraves também no conteúdo sobre a redução do uso de combustíveis fósseis, depois superados.

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Com informações do Estadão Conteúdo