Foto: Beto Dantas/ Portal de Prefeitura

Armando Queiroz de Monteiro Neto nasceu no meio político. Seu pai, Armando de Queiroz Monteiro, foi Ministro da Agricultura no governo do presidente João Goulart. Seu avô foi Agamenon Magalhães, ex-governador de Pernambuco.

A política pública sempre esteve presente na vida do parlamentar, que, em 1992 foi presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE). Mas foi em 1998 que se elegeu deputado federal pelo PMDB. Posteriormente saiu do PMDB e foi para o PTB. Na nova sigla, foi, por mais duas vezes, deputado federal. Algum tempo depois, em 2010, elegeu-se Senador por Pernambuco.

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Atualmente, Armando Monteiro, Senador pernambucano pelo PTB, é pré-candidato a Governador do Estado, cargo ao qual concorreu em 2014, mas perdeu para Paulo Câmara. O Senador declarou que, como da primeira vez que concorreu ao Governo, a vontade de servir a Pernambuco é a mesma. Ele explicou: “Em 2014 a eleição foi muito influenciada por um fato imprevisto que todos lamentamos, que foi a morte do ex-governador Eduardo Campos. Aquele episódio mudou o curso do processo eleitoral pela comoção resultante do fato”. Sobre a diferença fundamental que Armando acredita possuir em relação ao atual Governador, ele sentenciou: “Eu não recebi um mandato de ninguém, eu caminhei ao longo da minha vida pública com os meus próprios pés. Se amanhã, se viermos a merecer a confiança do povo de Pernambuco, o que vai nos diferenciar do atual governo é a atitude. Nós não vamos ficar atrás, justificando a existência dos problemas. Nós vamos para a linha de frente”.

O pré-candidato declarou que o governo de Paulo Câmara apresenta fragilidades importantes. Ele citou algumas dessas áreas: Saúde e Segurança Pública, e, ainda, o grande número de obras inacabadas e descontinuadas. O Senador declarou: “Em Pernambuco nós estamos identificando um sentimento de mudança. A população acha que Pernambuco tem que mudar de rumo. Há uma grande insatisfação confirmada pelas pesquisas com o desempenho do atual governo estadual. Ele não correspondeu às expectativas”.

Uma área importante que Monteiro fez questão de comentar é a Segurança Pública no Estado. O parlamentar ainda citou estatísticas que, a seu ver, corroboram para mostrar o quanto o Governador atual tem se distanciado das promessas feitas nas eleições passadas. “O que nós estamos assistindo hoje é 5.450 assassinatos em Pernambuco ano passado. Um governo que não pode prover Segurança não merece, sequer, esse nome”, declarou o pré-candidato, de forma taxativa.

Ao falar sobre as chances eleitorais da chapa de oposição estadual “Pernambuco Quer Mudar”, Armando comentou que há um sentimento de desejo de mudança em todo o Estado. Em sua opinião, Pernambuco perdeu a voz no cenário nacional, e, por isso, o pernambucano tem desejo de mudança. Armando completou: “Alguém já disse que a política é um exercício da esperança. Nós que integramos a oposição em Pernambuco desde o pleito passado, estamos agora juntando forças. Temos feito reuniões em vários lugares do Estado. Em cada encontro, o compromisso de oferecer a Pernambuco uma nova agenda para o futuro”.

Foto: Beto Dantas/ Portal de Prefeitura

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O Senador ainda teceu comentários sobre a natureza da composição política da chapa a que pertence. Assim ele se expressou: “Ninguém faz política se não juntar forças, e alianças não são feitas entre pessoas iguais. Embora tenhamos biografias e trajetórias diferentes, esse grupo da chamada Nova Oposição converge no ponto em que nós achamos que Pernambuco precisa de um novo projeto e um novo rumo”.

Ao falar da escolha de seu nome para pré-candidato ao cargo de chefe do executivo estadual pela chapa de oposição na qual está inserido, o político disse: “O meu nome está, e sempre esteve à disposição dessas forças. Eu acho que me preparei ao longo da minha vida pública para o desafio dessa envergadura. No entanto, esse conjunto é que irá definir, no momento certo, e eu tenho certeza que faremos a definição mais adequada para garantir a vitória no pleito de outubro desse ano”.

Armando Monteiro acredita estar à altura das expectativas do pernambucano para concorrer a Governador neste ano. E para corroborar isso, ele nos contou um pouco mais sobre o relacionamento com os gestores públicos municipais de Estado. “O político tem que ter uma presença permanente junto às comunidades que ele representa, e eu tenho andado por Pernambuco. Um senador, lá em Brasília, não pode achar que vai exercer o mandato lá, na zona de conforto. Nós temos que ouvir a população, receber a crítica para melhor orientar as nossas ações, e é isso que eu tenho procurado fazer ao longo de todos os meus mandatos”. O Senador fez questão de dizer que, em Brasília, “não pede carteirinha de partido de ninguém”. Ele completou: “Quem me procura no meu gabinete, eu procuro ajudar, porque em última instancia, nós somos todos pernambucanos e temos a obrigação de nos ajudarmos mutuamente”.

Há algumas semanas, a Vereadora pelo PT, Marília Arraes, declarou na mídia que o palanque do grupo de oposição a que Armando Monteiro pertence era “vago e falho”. Perguntado sobre sua opinião sobre a declaração da conterrânea, Armando Monteiro explicou que atribui a natureza da frase à juventude da colega parlamentar. Ele assim esclareceu: “Eu acho que todo partido pode legitimamente ter uma candidatura própria, e ela hoje se apresenta com essa disposição para defender as bandeiras de seu partido. Agora, como ela é jovem, é natural que, na juventude, você já chegue promovendo julgamentos. Eu diria o seguinte: cada uma dessas correntes representa um alvo em Pernambuco, e eu fico muito confortável porque eu tenho uma posição de coerência. Não se pode fazer política com preconceito, nem tampouco excluindo as pessoas”.

 

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