O bispo Joseph Shen Bin, de Xangai, destacou em uma conferência do Vaticano a necessidade da Igreja Católica na China adotar uma abordagem de “sinicização”, alinhando-se às políticas do governo do Partido Comunista Chinês (PCCh).

A nomeação de Shen Bin em 2023 pelo Conselho dos Bispos Chineses, que é influenciado pelo PCCh, já representava uma quebra de um acordo prévio entre o Vaticano e a China.

Ele foi o orador principal no evento “100 anos do Concilium Sinense: entre a história e o presente”, que também incluiu uma mensagem em vídeo do Papa Francisco.

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Em seu discurso, Shen Bin argumentou que a Igreja Católica na China deveria se adaptar ao processo de sinicização, uma estratégia do governo chinês para integrar as religiões à sua ideologia.

Por outro lado, as igrejas protestantes na China sofrem perseguições por não se submeterem ao controle estatal.

Para funcionarem legalmente, precisam se associar à Igreja das Três Autonomias, sob supervisão governamental, que regula os sermões e modifica textos bíblicos para evitar contradições com a ideologia comunista.

Shen Bin mencionou que conflitos históricos entre a Igreja e o governo chinês muitas vezes foram provocados por missionários com uma visão de superioridade cultural europeia, que buscavam alterar a sociedade e cultura chinesas por meio do cristianismo.

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Ele defendeu que a Igreja Católica deve buscar uma sinicização que esteja em harmonia com a sociedade e cultura chinesas modernas, em linha com os esforços do governo chinês para o “grande rejuvenescimento da nação chinesa” através de uma modernização com características chinesas, segundo informações do The Christian Post.