O ex-capitão do BOPE, Rodrigo Pimentel, autor do livro “Elite da Tropa” que inspirou o filme “Tropa de Elite” e ex-comentarista de segurança da TV Globo, está sob acusação, da Polícia Federal, por supostamente interferir nas investigações do caso Marielle Franco.

A informação está detalhada em um relatório da PF sobre o assassinato da vereadora carioca, ocorrido em março de 2018.

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Segundo o relatório dos agentes federais, Pimentel teria concedido entrevistas à mídia, onde criticava a condução das investigações e apontava supostas falhas cometidas pelas autoridades.

A motivação seria criar confusão na opinião pública e prejudicar os trabalhos da policia.

A PF alega, ainda, que o ex “global” agia assim por influência da família Brazão, que inclui o deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ) e o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão, irmãos que estão detidos sob acusação de ordenarem o crime contra a vereadora.

ESTRUTURA DA POLÍCIA CIVIL USADA PARA PLANEJAR ATENTADO

A PF afirma que usaram a estrutura da Polícia Civil do Rio para planejar o atentado, que também vitimou o motorista Anderson Gomes.

Os investigadores descobriram que um inspetor da corporação pesquisou o nome do pai de Marielle nos sistemas da polícia, em 21 fevereiro de 2018, a menos de um mês da execução.

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O agente chegou a ser intimado e prestou depoimento. Ele alegou não lembrar o motivo da consulta e o nome consultado.

O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da corporação e com laços próximos com Rodrigo Pimentel, também se viu denunciado como um dos envolvidos no plano de assassinato.

Ele nega participação no homicídio. Em nota, a defesa afirmou que “as diligências complementares não acrescentaram nada à investigação”.

De acordo com a PF, o delegado costumava usar servidores, sistemas e a estrutura da Polícia Civil para “fins particulares”.

Há suspeita de que vendia informações em troca de propina. Os dados estão reunidos no relatório produzido a partir da perícia nos documentos, celulares, pendrives, HDs e computadores apreendidos em março.

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O documento também destaca a proximidade entre os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão com “policiais com histórico desabonador”.