A ex-secretária de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, e atual vereadora por Petrolina, Lucinha Mota (PSDB), disse nessa quinta-feira, 14 de dezembro, que recebeu ligação com ameaças de morte a ela e sua família.

A declaração foi durante pronunciamento na Câmara de Vereadores, onde Lucinha diz já ter acionado a Polícia Civil e que busca outros órgãos de segurança estadual para chegar aos autores das ameaças.

Ela conta que as ligações intimidatórias começaram a ser recebidas após visita em uma ocupação, chamada de “Osvaldo Coelho”, no município do Sertão de Pernambuco.

A parlamentar disse ainda que seus familiares também estão recebendo os telefonemas ameaçadores, e que ao retornar a ligação foi-lhe dito que se afastasse de assuntos ligados ao local que recebeu sua visita.

“Depois de uma visita à invasão Osvaldo Coelho, no bairro Cacheado, prática que venho fazendo quase que diariamente nas comunidades periféricas de Petrolina, recebi uma ameaça de morte, por telefone, contra minha pessoa e minha família. Já acionei os órgãos de segurança pública para identificar o autor ou autores desse tipo de crime. Aos que pensam que vão me amedrontar um recado: fui eleita para defender a população de Petrolina e esse tipo de ameaça não me intimida! Já acionei a Polícia e espero que as autoridades identifiquem os autores desse tipo covarde de intimidação!”, alertou.

“Se a intenção foi de me intimidar, vou avisando, não conseguirão, pois vou seguir fazendo meu trabalho, com a coragem que sempre tive e com disposição para combater qualquer tipo de crime ou injustiça contra a população”, finalizou a vereadora.

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Diplomada

Lucinha Mota (PSDB) foi diplomada vereadora de Petrolina em cerimônia realizada no dia 20 de outubro. A parlamentar foi declarada eleita após o TRE-PE cassar o mandato de Carlos Alberto dos Santos, conhecido como Júnior do Gás, por fraude na cota de gênero nas eleições de 2020.

A decisão final surgiu após a 83ª Zona Eleitoral de Petrolina reprocessar a totalização dos votos proporcionais das eleições de 2020, a fim de definir a ocupante da cadeira deixada por Júnior Gás. O processo de apuração teve sede no Fórum Eleitoral da cidade.

Com a resolução, Lucinha deixou o cargo de secretária de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco para assumir o cargo.

“A justiça foi feita. Em 2020 a gente esperava esse mesmo resultado, mas infelizmente houve uma fraude eleitoral, que não permitiu que o candidato legítimo exercesse sua função na Câmara legislativa de Petrolina. Hoje, essa correção, de fato, foi realizada. Lutamos três anos na justiça para que isso acontecesse”, disse Lucinha.

O PSOL, partido de Lucinha na época, chegou a entrar com um pedido cautelar na Justiça Eleitoral, pois a vereadora está atualmente filiada ao PSDB, pelo qual disputou uma vaga de deputada estadual em 2022, mas a ação foi indeferida.

A ativista social ficou nacionalmente conhecida por buscar justiça na identificação do assassino da sua filha Beatriz de 7 anos.