Os professores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) optaram por continuar a greve após assembleias realizadas pela Aduferpe. A maioria, com 114 votos a favor, três contra e nenhum abstenção, decidiu pela continuidade do movimento.

Um dos principais motivos dessa greve nacional é a questão do orçamento das universidades. A Andifes afirma que são necessários R$ 2,5 bilhões para recompor o orçamento este ano, porém o Governo Federal oferece apenas R$ 347 milhões. Diante disso, os grevistas propõem a formação de um grupo de trabalho permanente para discutir o orçamento.

Quanto ao reajuste salarial, os professores rejeitam a proposta do governo, que não prevê aumento para este ano. Além disso, há descontentamento com a recusa do governo em continuar as negociações com as entidades representativas dos servidores.

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As demandas incluem um aumento linear para 2024, abrangendo também os aposentados que não tiveram reajuste até o momento. A proposta é de um reajuste linear de 3% até julho de 2024, 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

Outras reivindicações envolvem a revogação das Reformas Trabalhista e Previdenciária, além da extinção da PEC 32, que, segundo os manifestantes, desestrutura os serviços públicos. Eles também pedem a correção das disparidades entre as carreiras e um estudo para equiparar os benefícios aos demais poderes até 2026.

A greve começou em 29 de abril, e desde então o Comando Local de Greve (CLG) tem organizado mobilizações na universidade e em Brasília, junto ao Comando Nacional de Greve do ANDES-SN. Até o momento, 58 instituições federais de ensino estão em greve, conforme informações do Andes-SN.