Um grupo de alunas de 13 e 14 anos, que estudam no colégio Marista São Luis, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, denunciaram fotomontagens com seus rostos, que passaram a circular no WhatsApp, nessa segunda-feira, 6 de novembro.

Os pais e mães de aproximadamente 40 adolescentes, procuraram a Delegacia de Polícia de Atos Infracionais, no bairro da Boa Vista, para registrar o ocorrido. O Boletim de Ocorrência está sendo produzido e deve ser concluído com a escuta dos envolvidos.

A DEPAI é ligada ao Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA).

Continua após a publicidade:

Leia também:
>>> PROFESSOR de universidade estadual que pediu para ALUNA ver NUDE dele e fez CONVITE SEXUAL é demitido após denúncia; VEJA AS MENSAGENS

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) está investigando o caso, conforme notificou. “Nenhuma informação a mais pode ser repassada para não prejudicar as investigações em curso”, diz em nota.

“Eles pegaram as fotos das próprias colegas e fizeram uma montagem com corpo de adulto, algumas inclusive nuas”, disse uma mãe de uma aluna vítima do assédio.

“São cerca de 40 meninas, que se misturam entre 13 e 14 anos. Eles pegam nossas fotos e colocam no corpo sem roupa. Os autores são do colégio, já sabemos disso. Existe um grupo no WhatsApp com quatro meninos e três é que estavam envolvidos fazendo essas montagens. O outro não falava sobre e não participava”, falou uma das vítimas que pediu para não ser identificada.

O colégio chegou a enviar uma nota aos pais dos menores, onde afirma que vai tomar todas as providências cabíveis e solicitar que os alunos façam sua transferência para outra unidade de ensino. Uma reunião foi convocada para a manhã desta terça-feira (7).

Pelo menos quatro adolescentes que teriam criado e compartilhado as imagens são investigados pela polícia.

Caso no Rio

Continua após a publicidade:

A situação ocorre um dia após uma denúncia no Rio em circunstâncias semelhantes. Mais de 20 alunas vítimas de montagens de fotos nuas criadas com inteligência artificial foram ouvidas pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), desde sexta-feira (3).

Só nessa segunda-feira (6), 5 alunas, acompanhadas dos responsáveis, prestaram depoimento.