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A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, renunciou nesta segunda-feira, 5 de agosto, conforme anunciou o comando das Forças Armadas, em meio a uma onda de protestos que já deixou 300 mortos.

Hasina, que esteve no poder por 15 anos e é considerada uma das mulheres mais poderosas da Ásia, deixou o país após sua renúncia, segundo os militares. As Forças Armadas formaram um governo interino comandado pelos próprios militares.

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Contexto dos protestos

Bangladesh, um dos países mais populosos do mundo, localizado no sudeste asiático, tem sido palco de protestos estudantis nas últimas semanas, resultando em 300 mortes.

Os manifestantes protestam contra o sistema de cotas do governo, que reserva um terço dos empregos públicos para parentes de veteranos da guerra de independência contra o Paquistão em 1971.

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Invasão e bloqueio da internet

Nesta segunda-feira, milhares de manifestantes invadiram a residência oficial da premiê na capital, Daca. Pela manhã, a internet foi bloqueada em todo o país após um fim de semana de manifestações massivas e violentas.

O aeroporto internacional de Daca também foi fechado e permanecerá sem atividades até o fim da tarde, conforme informado pelas Forças Armadas.

Fuga da primeira-ministra para a Índia

De acordo com o canal local CNN News 18, Hasina fugiu para a cidade de Agartala, no nordeste da Índia, onde já chegou e recebeu proteção do governo indiano.

Governo Interino e situação econômica

Em pronunciamento, o chefe das Forças Armadas, Waker-uz-Zaman, declarou que o governo interino funcionará até que uma solução para o país seja encontrada. A política de cotas, que foi abolida em 2018, foi restabelecida em junho deste ano, provocando insatisfação.

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Em janeiro, manifestantes já haviam realizado uma onda de protestos contra Hasina após sua reeleição em um pleito marcado por alegações de fraude pela oposição.

Escalada da violência

Os protestos, inicialmente pacíficos, tornaram-se violentos após confrontos com a polícia e grupos pró-governo. Analistas também apontam que as difíceis condições econômicas, incluindo alta inflação, aumento do desemprego e esgotamento das reservas estrangeiras, contribuíram para a intensificação dos protestos.

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