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A Alemanha usaria uma braçadeira colorida para o capitão durante a Copa do Mundo, em defesa da população LGBTQIAP+, pois no Código Penal catari, a homossexualidade é considerada uma prática criminosa. Mas, a Fifa proibiu o protesto alemão, que protestara, na partida de estreia contra o Japão, quando os jogadores fizeram o gesto de “mordaça” para dizer que foram censurados e protestar contra a Fifa.

Durante a partida entre Alemanha e Espanha neste domingo (27), pela segunda rodada da Copa do Mundo do Catar, torcedores com vestimenta tradicional do Catar apareceram no Estádio Al Bayt com cartazes do meio-campista Mesut Özil, que atuou na seleção alemã, e tampando a própria boca com as mãos.

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A situação trata-se de uma “resposta” irônica ao protesto alemão. Pois, Özil deixou a seleção alemã após a eliminação na fase de grupos da Copa de 2018, acusando ter sido alvo de racismo por parte de torcedores, e criticando a postura da Federação de Futebol da Alemanha (DFB) sobre o assunto.7

À época, Özil havia sido bastante criticado por aparecer em uma foto, às vésperas da Copa, ao lado do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que é constantemente acusado de violações aos direitos humanos. O jogador alemão, que tem ascendência turca, disse que não via problema em posar com Erdogan, classificando a foto como uma “demonstração de respeito à maior autoridade do país da minha família”.

Em 2018, Özil acusou o então presidente da federação alemã, Reinhard Grindel, de ter um “pano de fundo de discriminação racial” e de tratar os jogadores como ele, com ascendência de dupla nacionalidade, como “alemães quando ganhamos e imigrantes quando perdemos”.

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A federação alemã negou, à época, ter tido condutas racistas em relação a Özil, e afirmou que “era importante que o jogador se explicasse” sobre a foto com Erdogan, que “levantou questões para muitas pessoas na Alemanha”.