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O pastor e deputado federal Pastor Eurico (PL), líder na Igreja Evangelica Assembleia de Deus em Pernambuco (IEADPE), publicou um vídeo na sexta-feira, 19 de maio, defendendo Centros de Recuperação com cunho Religioso (Assista Vídeo Completo).

Segundo o parlamentar, as comunidades terapêuticas faz um bom trabalho de recuperação de vidas. O líder religioso afirmou ainda que as comunidades faz o que o governo não faz.

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Durante a audiência, na Câmara dos Deputados, a prática de doutrinamento religioso dos internos por essas instituições foi o tema que gerou discursão entre os parlamentares presentes.

Para o deputado Pastor Eurico, favorável ao trabalho das comunidades, a prática não é contrária ao direito de liberdade religiosa.

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“Gostem ou não gostem, as Comunidades Terapêuticas vão continuar fazendo o que o governo não pode fazer, recuperar vidas”, diz o deputado em vídeo no seu Instagram. 

Ainda em vídeo, o religioso elogiou o trabalho dos profissinais em comunidades carentes, que ajuda família com jovens dependente de drogas.

“Falar é muito fácil, quero ver conversar com um pai, com uma mãe que tem filho na família dependente de dr0gas, que já tentaram de tudo, e a comunidade Terapêutica estava ali tirando-os desta situação”, afirmou Eurico.

Ainda de acordo com Eurico, ele pediu que as religiões fossem respeitadas.

“Respeitem as religiões, porque sem Deus, ninguém não é nada.”

Quem é o pastor e deputado federal Pastor Eurico?

Francisco Eurico da Silva, conhecido como Pastor Eurico é um pastor e político brasileiro. É deputado federal por Pernambuco Filiado ao Partido Liberal.

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Confira vídeo:

https://www.instagram.com/reel/CscI-KFgUAc/?utm_source=ig_web_copy_link&igshid=MmJiY2I4NDBkZg==

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Especialistas em saúde defendem fim do financiamento público às comunidades 

Especialistas em saúde defenderam o fim do financiamento público às comunidades terapêuticas destinadas à reabilitação de dependentes químicos.

As afirmações foram feitas em debate realizado nesta quarta-feira (17) na Comissão de Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados.

Conforme dados fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, nos últimos cinco anos, houve aumento de 182% nas emendas parlamentares destinadas a essas instituições.

Em 2020, foram destinados R$27,8 milhões; em 2021, o montante saltou para R$40,5 milhões; em 2022, R$36,4 milhões; em 2023, R$53,6 milhões (até maio).

Para participantes do debate, no entanto, o acréscimo de dinheiro público não resultou em melhor eficiência no tratamento da saúde mental.

“Ao longo destes últimos cinco anos não tivemos melhora de nenhum indicador na área de saúde mental. Durante esse período, houve aumento do uso de álcool e de drogas e de taxas de suicídio”, disse o representante do Ministério da Saúde, Marcelo Kimati.

Para o psiquiatra, é preciso pensar em um modelo flexível para atender os usuários de drogas, que acompanhe a pessoa ao longo do tempo necessário a sua reabilitação. Segundo Marcelo Kimati, a criação de novos leitos hospitalares não resolve o problema dos mais de 15 milhões de brasileiros que vivem nessa situação.

Fiscalização

A atual rede de apoio aos usuários de álcool e outras drogas financiada pelo poder público é formada pela iniciativa privada, com a atuação das comunidades terapêuticas; e pelo SUS, por meio de unidades de acolhimento e centros de atenção psicossocial.

Para a representante do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) na audiência, Dayana Rosa, um dos principais problemas de se manter comunidades terapêuticas na rede pública é a precariedade de fiscalização.

Em levantamento feito pelo IEPS, entre 2017-2022, nos contratos da parceira público-privada foi identificado que a fiscalização ficava a cargo de conselhos (nacionais, estaduais e municipais) sem que houvesse a presença da sociedade civil, ou era terceirizada para outra empresa privada.

Para Dayana Rosa uma possível solução seria concentrar esse tratamento no SUS, desabilitando as comunidades de pactuar com poder público.

“No SUS, a gente consegue controle social, transparência, consegue observar os direitos humanos, fortalecê-los e até aumenta-los. Conseguimos, mais de que tudo, a liberdade”, disse.

Para a deputada Cristiane Lopes (União-RO), no entanto, as comunidades são parte importante no tratamento de dependentes químicos e devem ser financiadas.

“A grande diferença entre os senhores (especialistas) e para quem cuida das comunidades terapêuticas é que os senhores falam de teoria, de protocolos, enquanto eles falam da prática, do cuidado”, disse.

Liberdade religiosa

Já o Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), que solicitou o debate, acredita que outras formas de cultuar a religiosidade devem ser ofertadas aos pacientes.

“É preciso aceitar a diversidades”, rebateu.

Da redação do Portal de Prefeitura com informações da Agência Câmara de Notícias.