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O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, tinha em mãos um “boletim de inteligência” que continha os locais em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi mais votado no primeiro turno.

A informação foi compartilhada neste domingo, 2 de abril, na coluna do jornalista político Lauro Jardim, para o jornal O Globo.

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Segundo a coluna, o documento descoberto recentemente pela Polícia Federal (PF) foi produzido pela então diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar, que posteriormente foi trabalhar com Anderson Torres na Secretaria de Segurança do Distrito Federal — cargo ocupado pelo ex-ministro durante os atos antidemocráticos do 8 de janeiro e pelo qual ele é investigado por suposto envolvimento.

Os investigadores observam que o material serviu para que Anderson Torres colocasse em curso uma operação que atrapalhasse a chegada dos eleitores aos locais de votação. Marília tentou apagar o documento do seu celular, mas o material foi recuperado pela PF.

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Dias antes do segundo turno, Anderson Torres também fez uma viagem fora da agenda oficial, até a Bahia. Em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), o ex-ministro estava acompanhado do então diretor da PF, Márcio Nunes. Já no dia do segundo turno, em 30 de outubro de 2022, as abordagens da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em ônibus, foram 70% maiores do que no primeiro turno.

Somente em alagoas, 82 ônibus foram parados pelos policiais. Na época, as operações foram vistas como uma tentativa de obstruir os votos a Lula, favorecendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Cabe lembrar que um dia antes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, proibiu operações da PRF contra veículos de transporte de passageiros.

Da redação do Portal de Prefeitura com informações do Estado de Minas

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