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Em evento de homenagem ao músico Pinto do Acordeon, nesta terça-feira (1º), o presidente Jair Bolsonaro se emocionou ao falar da própria trajetória para chegar à presidência e declarou que “Não queira a minha cadeira. Não é para qualquer um”. Mesmo estando em seu melhor momento em termos de popularidade de governo, o mandatário ressaltou que é preciso ter “muito preparo psicológico” para ocupar o cargo e chefe de Estado.

“Aconteceu, vencemos as eleições. No meu entender não existe outra explicação: é a mão de Deus. E só Deus sabe o que eu já passei e passo dentro dessa sala aqui. Não queira a minha cadeira. Com todo respeito, não sou o super-homem, mas não é para qualquer um. Tem que estar muito bem preparado psicologicamente, ter couro duro e ver como alguns zombam da nossa nação. Se tivesse uma filmadora, um microfone ali dentro dariam várias horas de um capítulo que eu acho que mudaria o destino da nossa nação. Mas a gente vai fazendo a nossa parte”, discursou.

Bolsonaro falou no momento em que era tocada a canção que foi o jingle de sua campanha, em 2018. A música foi composta por Pinho do Acordeon. Quando falou de quando era candidato à presidência, Bolsonaro revelou que houve momentos em que pensou em desistir da campanha.

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“Tracei um plano no final de 2014 comecei a andar pelo Brasil. Às vezes até eu mesmo achava que estava maluco mas tive duas coisas que serviram de âncora. Primeiro como Dilson [presidente da Embratur] disse aqui, li a bíblia, levei alguns anos para lê-la, estava na fronteira, na ativa ainda e aquela passagem bíblica João 8:32 sobre a verdade estava no meu subconsciente”, disse.

Segundo o presidente, o que o impulsionou a concorrer nas eleições presidenciais foi ter visto a nova vitória do PT, nas eleições de 2014, com Dilma Rousseff.

“Eu nunca sonhei com esse momento, fiquei 28 anos dentro da Câmara vendo como funcionava a engrenagem do Brasil. Um parlamentar do baixo clero que sonhava em mudar o destino dessa grande nação. Quis o destino que tocasse meu coração após as eleições presidenciais de 2014 e vendo quem foi reeleito. Não via esperança para nossa pátria pelo tipo de gente que nos governava”, completou.