A ex-prefeita de Arcoverde, Madalena Britto (PSB), teve recentemente, uma prestação de contas rejeitada pelo Fundo Nacional de Educação Básica, o FNDE, em virtude do atraso no envio das informações ao órgão, entre outras irregularidades constatadas pela Coordenadoria de Análise Financeira de Prestação de Contas do órgão.

É o que consta no Parecer Conclusivo nº 30/2022/DIPRE/COAFI/CGAPC/DIFIN (SEI 3310131), que apontou o fato da ex-prefeita não ter cumprido prazos no envio das informações relativas a um convênio firmado entre o município de Arcoverde e o Governo Federal, através do Termo de Compromisso nº 668/2013, assinado em 2013, o primeiro ano de mandato de Madalena, para construção de uma quadra de esportes coberta com vestiário na Escola Municipal Severina de Souza Bradley, no povoado Caraíbas.

O Governo Federal repassou a gestão Madalena, o valor de R$ 510.000,00, através do PAC 2, para execução da obra. Os valores, que foram repassados já a partir de janeiro de 2014, foram alvo de criteriosa análise, que apontou divergências de serviço, quantidade, qualidade ou técnica na execução da obra, resultando em grave dano ao erário público.

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Outro ponto que chama atenção no relatório, foi de que a ex-prefeita Madalena não encaminhou em tempo hábil, o documento de propriedade recente e atualizado referente à área onde a quadra foi construída, o que levantou suspeitas sobre a legalidade da posse da área, por parte do município.

Por tudo isso, o FNDE apontou a existência de irregularidades na comprovação da execução física do projeto, identificando Madalena como a única responsável pelas irregularidades, e solicitou à ex-prefeita, o reembolso do valor de R$ 510.000,00, acrescido por correções aos cofres públicos da União.

Madalena, que tem tido o seu nome lembrado para a disputa de 2024 no município e que saiu do governo sob forte rejeição popular, se depara com esse fato, que pode atrapalhar a sua tentativa de retornar ao governo municipal.