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Os metroviários decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, após nenhum acordo com a CBTU sobre o Acordo Coletivo de Trabalho 2023-2025. Com a decisão, o Metrô não funcionará a partir desta quinta-feira, 3 de agosto.

A decisão foi deliberada na Assembleia Geral da categoria que aconteceu na noite da quarta (2), onde os presentes decidiram, pela grande maioria dos votos, pela greve. Essa é a terceira paralisação da categoria em menos de um mês.

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As demandas da categoria abrangem diversos pontos, incluindo a busca por um reajuste no piso salarial, a garantia de estabilidade no emprego e a realocação dos funcionários caso haja uma privatização do metrô. Segundo os profissionais, todos esses aspectos estão previstos no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2023/2025. Além disso, os trabalhadores também buscam a exclusão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) do Programa Nacional de Desestatização.

Foi determinado também que na próxima sexta-feira (4) será realizado um ato com passeata nas ruas do Recife e na volta, acontecerá uma Assembleia para avaliar a situação da greve e organizar 5 ônibus com os metroviários para cobrar diretamente ao presidente Lula em Brasília (DF) pela retirada da CBTU do PND e a deliberação do Acordo Coletivo de Trabalho 2023-2025.

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O presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, criticou a direção da CBTU que desde o governo Bolsonaro não mostrou nenhum compromisso com a população na busca por recursos.

“Em agosto do ano passado, a direção deste sindicato estava em Brasília, reunidos no Ministério de Desenvolvimento Regional na luta para trazer recursos de verbas de investimentos e de manutenção para CBTU. Sendo que isso é papel da empresa e ela não nunca fez e continua sem o compromisso com a população”, disse.

O vice-presidente do Sindmetro-PE, Assis Filho, falou sobre a reunião realizada nesta quarta (2) com a CBTU.

“O sindicato é consequência dessa base. Até o momento, não tem diálogo, chamaram a gente para não oferecer nenhuma proposta. Nós precisamos de radicalizar, e isso não é apenas parar, mas para ir às ruas, em ato grande, envolvendo a população”, disse.

Terceira paralisação

Essa será a terceira vez que a categoria delibera sobre o assunto e decide por uma paralisação, sendo dessa vez, por tempo indeterminado. No dia 12 de julho, a categoria deliberou a paralisação de 24 horas e o metrô não funcionou no dia seguinte, após a empresa descumprir o compromisso da minuta do acordo assinado em ata no dia 19 de junho deste ano.

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Na semana passada, em conjunto com os rodoviários, os metroviários decidiram por uma paralisação de 48 horas, com adesão total da frota do Metrô do Recife nos dias de paralisação.