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O deputado federal e presidente da CPMI do 8 de janeiro, Arthur Maia (União Brasil-BA), explicitou que a comissão dos atos golpistas não vai envolver o caso das joias do ex-presiente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com Maia, para analisar o caso das joias, deve haver uma CPMI específica.

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“A comissão é para investigar os ataques do 8 de janeiro, não joias. A CPMI tem um objetivo claro. Nada contra apurar as joias. Mas que coletem as assinaturas e abram uma nova CPI”, disse Maia ao G1.

O deputado também disse que “a fórmula mais rápida de se chegar a lugar nenhum é tentar abraçar tudo”.

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Na última sexta-feira, 11 de agosto, Arthur manifestou em suas redes socias, sua intenção de ignorar os pedidos para incorporar à pauta da CPMI o caso das joias.

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“Aviso aos navegantes: CPMI tem o propósito de investigar os acontecimentos do dia 8/1. Não admitirei que seja transformada em um palco de discussões estranhas a esse objetivo. Eventuais denúncias de corrupção ou outros assuntos contra quem quer que seja não serão tratados aqui”, escreveu em uma publicação no Twitter.

De acordo com Paulo Cappelli, do site Metrópoles, a base governista na Câmara dos Deputados já estaria se articulando para instaurar uma CPI das Joias.

A busca célere por assinaturas se deu após ser deflagrada a Operação Lucas 12:2, da Polícia Federal (PF), na última sexta.

Entenda o caso das joias

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu processo para investigar a conduta de envolvidos no caso das joias recebidas da Arábia Saudita em outubro de 2021.

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As peças foram presentes para o então presidente Jair Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro, e entraram no país em comitiva do Ministério de Minas e Energia que esteve no país do Oriente Médio em eventos oficiais.

Avaliada em R$ 5,1 milhões, a caixa de joias – com colar, anel, par de brincos e relógio de diamantes – foi retida pela Receita Federal no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos. Os artigos estavam na mochila de um assessor do então ministro Bento Albuquerque.

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Na ocasião, o assessor e o ministro não declararam os objetos na alfândega, conforme prevê a legislação. Albuquerque disse, à época, que as joias eram um presente para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Todo viajante que chega ao Brasil deve declarar bens pessoais cujo valor ultrapasse US$ 1 mil. Já os agentes públicos devem declarar os bens que não sejam para uso pessoal como pertencentes ao Estado brasileiro.

O caso envolve ainda mais dois kits de joias. Todas elas já estão sob guarda da Caixa Econômica Federal.

Outro presente do governo saudita foi um estojo de joias masculinas, com um relógio, uma caneta, abotoaduras, um anel e um tipo de rosário, da marca suíça de diamantes Chopard, avaliados em R$ 500 mil. Este não foi percebido pela Receita em Guarulhos e entrou no país.