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Problemas de saúde mental são uma das principais causas de faltas e afastamento de professores das salas de aulas.
No entanto, apesar de ser uma questão rotineira e cotidiana nas escolas, ainda é precária e são pouquíssimas as instituições que investem em uma profilaxia para minimizar esse estrago na área mental e emocional.
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Segundo os dados da Secretaria de Educação do Distrito Federal, são mais ou menos 25% do contingente da populacional dos educadores que pedem LTS (Licença para Tratamento de Saúde).
Em Brasília temos uma faixa de 45.000 professores e com esse índice de afastamento, produz um prejuízo seríssimo na área acadêmica dos alunos.
Vejam quais são as causas do afastamento no Distrito Federal:
- 68% dos professores são afastados por ansiedade generalizada (TAG);
- 63 % Estresse e dor de cabeça;
- 38% Insônia;
- 38% de psicossomatizaçao;
- 28% alergias;
- 28% de depressão.
Quando olhamos esses números, não é difícil concluir que a saúde mental e emocional dos docentes precisa de um olhar mais cuidadoso.
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Para dar início a uma mudança neste quadro, no entanto, é preciso reconhecer os impactos na sala de aula e da ambiência escolar na saúde mental dos educadores, para então transformar a escola em um espaço mais acolhedor e agradável para a mente de todos
Lendo esse texto do Dr. Edmar Jacinto, percebo que essa carga de sintomas que afligem os professores não é propriedade exclusiva deles, é também direcionado aos alunos.
Pierre Fédida diz que numa relação há transferência, nesse contexto estamos todos dentro de uma bolha viral.
Cuidar dos alunos e não cuidar dos professores, do trabalhador da educação como todo, será apenas uma atitude intermediaria e não irá solucionar o caos emocional que especificamente o Brasil atravessa.
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Esse relato busca chamar a atenção da sociedade organizada que prefere agir histericamente produzindo folhagens.
É necessário buscar metodologia mais eficiente para retirar os tapa-olhos que são oferecidos em cada esquina para não enxergar a realidade e se esconder dentro do seu real, uma espécie daquilo que Jacques Lacan chama de “ordem do impossível de ser simbolizado”.
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Essas estatísticas dos sintomas que atacam os professores e a população é endêmico, como Reich já afirmava. Por isso, devemos buscar alternativas para reduzir os danos causados por esse século.