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A escravidão no mundo nunca acabou, o humano sempre vai querer dominar o outro. A civilização com os avanços tecnológicos, mudou comportamentos e impôs certas “bitolas” à sociedade.

O escravo contemporâneo não percebe que está acorrentado, não possuí algemas literais, entretanto, foi condicionado por um sistema perverso e embriagado pelas fantasias das indústrias da comunicação, que são as responsáveis na doutrinação desse escravo.

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A sociedade produtiva se encarregou de oferecer o mundo perfeito, onde a felicidade é vendida nos quatros cantos, um produto que nunca será entregue.

Então, surgiu a ansiedade, a depressão, milhares de transtornos produzido por essa mesma sociedade e esses sintomas que aprisionam pessoas e animais domésticos, uma verdadeira inteiração com as amígdalas cerebrais que estão localizadas no sistema límbico, considerado o cérebro emocional, e captam o perigo externo, interferindo no desequilíbrio humano.

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Essas reações, provocada por uma vida sistematizada que pode influenciar o cérebro que, pela sua plasticidade, vai mudando as redes neurais, influenciado por novos padrões impostos. Desse modo, o cérebro tentará ignorar a sensibilidade humana que é composta de empatia, intuição, amor, consciência crítica, compaixão e inteligência, iniciando uma simulação da máquina produtiva.

Nessas últimas décadas nos aprofundamos na melancolia e no luto, evoluímos para loucura e para as chamadas “doenças mentais” e seguimos para as doenças neurológicas como Parkinson e Alzheimer, surgindo os paliativos que tentam amenizar o sofrimento humano, os remédios, mas andamos nos superlativos.

As indústrias farmacêuticas pensam em vender, vender e vender! Então, qual o futuro de uma geração que queima etapa? Quero aqui lembrar Michel Foucault, que na obra o nascimento da clínica orienta para observar as evoluções das doenças, contudo, hoje, temos uma ciência histérica que faz barulho, usa o marketing como instrumento da verdade, esquecendo que a ciência deve ser pura investigação.

Sou pesquisador que atrevo a denunciar cartéis que trabalham noite e dia produzindo vírus para escravizar pessoas, em nome da produtividade e da ganância, estamos muito perto de ter saudade do louco, pois no futuro próximo não teremos emoções nem sentimentos, o Sigmund Freud será aposentado, pois o aparelho psíquico será destruído, Jacques Lacan será esquecido, pois as abstrações mentais serão neutralizadas e as neurociência serão oficinas autorizadas, muito parecidas com as utilizadas nos nossos carros para trocas de peças e manutenções. Termino parafraseando o maluco beleza do Raul Seixas: pare o mundo que eu quero o descer.

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O século XXI, século do prazer e das emoções, produziu seres apáticos e agressivos, mas também felizes e sorridentes, consumistas e narcisistas, basta ir a uma farmácia e comprar uma pílula da felicidade, a pura dopamina produzida nos laboratórios ou um sossega leão para adormecer e fugir da miséria.

O cérebro produz os próprios neurotransmissores, o corpo produz todos os hormônios que precisamos, o humano deve ser humano, o animal deve ser animal, quando cruzamos a faixa vermelha da vida vem a desgraça.

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Ter equilíbrio emocional e possuir uma vida psíquica mais alinhada, é ter o autoconhecimento, esse mundo fantasioso que as redes sociais e a mídia exibem e influenciam é perigoso. O mundo real não mostra a realidade, é um mundo particular, e esses mundo que aparece na sua frente é tão real como os contos de fadas.

Edinázio Vieira e Silva é um bacharel em Teologia e um Psicanalista Clínico, com títulos de Mestre e Doutor em Ciência da Educação, com ênfase em psicanálise. Ele é o criador do programa Pró-Emoções, que se dedica à promoção do crescimento pessoal e à transformação do comportamento individual. Além disso, ele também é o fundador da Academia do Cérebro, uma instituição que atua há mais de 15 anos oferecendo consultoria e capacitação na área da saúde mental.