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Saúde mental é a qualidade de vida biológica, social e psíquica. A OMS tem definição semelhante para estabelecer o que é “ter saúde”. Contudo, existe um elemento primordial para a evolução humana: a educação. A qualidade do ensino fará toda a diferença na contribuição da formação psíquica e psicológica das pessoas. Quando esse fator é desprezado surgem os idiotas e os imbecis.

Ao longo da civilização, o humano foi cunhado ao aprendizado, toda a estrutura cerebral e psíquica contribuíram para a interação social que possibilitou a conservação e a evolução da espécie, não me limito às teorias darwinianas, essas foram importantes para o entendimento e para a compreensão científica.

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A civilização criou regras e normas que conduziram a espécie humana ao maniqueísmo social, esse comportamento reduziu a evolução psíquica e limitou habilidades cognitivas.

Com as regras e as normas sendo priorizadas para o convívio, a educação foi valorizada e colocada como primazia para o progresso humano, mas, o poder, a força da classe dominante (independente das questões ideológicas) assumiu o controle das ações coletivas e, quiçá, individuais, influenciando num modelo de ensino perverso que privilegia grupos minoritários. O resultado disso é o relato da avaliação do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), onde o Brasil ocupa as últimas posições no ranking, atrás de Azerbaijão, Cazaquistão e Chipre. Participamos dessa avaliação desde 2003, e sempre obtivemos péssimos resultados.

O neurocientista e pesquisador francês Michel Desmurget, carregou críticas no modelo de ensino através da sua obra literária: A fábrica de cretinos digitais. Onde cita como exemplo o comportamento dos “gurus” da era digital que matriculam os filhos nas escolas que não usam as telas.

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A metodologia mercantilista e a dogmática impulsionaram as pessoas para um sistema uno, onde os resultados são previsíveis, as classes dominantes participam do PIB por excelência e outros são condenados a vida “escravocrata”. Contudo, a epistemologia é mal conduzida, pois a universalização das redes sociais e o acesso à internet furaram a bolha da elite financeira permitindo o acesso de grupos que estavam a margem, no entanto, essas duas categorias buscaram o caminho mais rápido desprezando conteúdos culturais e da intelectualidade. As linhas horizontais e verticais se misturaram e o PIB intelectual foi reduzido, inviabilizando fomentos educacionais. Tudo isso resultou na transformação de guetos e numa sociedade adoecida, pois as limitações cognitivas surgiram e multiplicaram os grupos que são guiados pelos instintos, ou seja, pelas pulsões.

Com a deficiência educacional, ocorrem as complicações cognitivas afetando o raciocínio e a memória. Essa endemia atingiu todas classes sociais, gerando uma nova sociedade que é marcada pela idiotia. As evoluções das doenças neurais, tal como a degeneralização do cérebro, podem ter origem nesse retrocesso educacional e comportamental.

Seguindo essa linha teórica, posso deduzir que estamos perdendo os atributos conquistados pelo cérebro através dos séculos e que o mundo virtual acelera o surgimento dos novos casos das chamadas “doenças mentais”.