Continua após a publicidade:

Interceptações telefônicas realizadas pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) revelam que membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) estão emitindo ordens de São Paulo para que representantes da facção em Fortaleza contratem pescadores para transportar cocaína até navios em alto-mar.

O uso de barcos menores e mais precários tem o objetivo de despistar o monitoramento das autoridades portuárias e permitir o envio de grandes quantidades de drogas para a Europa por meio de cargueiros.

Continua após a publicidade:

O MPCE já conseguiu flagrar um caso desse tipo e identificou várias ocorrências semelhantes, revelando essa nova tática.

📲 Entre no nosso grupo de WhatsApp e receba as notícias do Portal de Prefeitura no seu celular

Segundo a investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ao se aproximarem dos navios, os pescadores contratados pelo PCC entregam os pacotes de cocaína a mergulhadores da facção, que são responsáveis por fixar a droga nos cascos das embarcações.

Continua após a publicidade:

O Porto de Mucuripe, em Fortaleza, é um ponto estratégico para a maior facção do Brasil, funcionando como uma espécie de “plano B” para o envio de cocaína, por via marítima, para a Europa e África. O tráfico internacional é a principal fonte de renda do PCC, gerando bilhões de reais por ano, conforme levantamento do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

De acordo com o promotor de Justiça do Gaeco cearense, Fortaleza se tornou a principal cidade nordestina e a “segunda mais importante” no país para as atividades do PCC, ficando atrás apenas de São Paulo, estado onde a facção foi fundada há mais de 30 anos.

A localização geográfica da costa cearense, que facilita o envio de cargas ilícitas para o continente europeu, aliada à expansão imobiliária e de investimentos na região, torna o ambiente propício para a facção paulista operar o tráfico internacional de drogas e “lavar dinheiro”, segundo o promotor.