Nesta quarta, 13 de março, o vereador Rubinho Nunes (União Brasil) na Câmara Municipal de São Paulo as assinaturas necessárias e protocolou uma petição de abertura de CPI para investigar abuso e assédio sexual contra pessoas vulneráveis, usuárias de drogas e em situação de rua na capital. O foco principal do colegiado deve ser o padre Julio Lancellotti.

Nunes aproveitou o momento no Plenário da Câmara para agradecer aos colegas pelas assinaturas e também pediu o apoio dos demais membros do Parlamento, visto que o requerimento ainda precisará passar por duas votações na Casa e conseguir ao menos 28 votos favoráveis para que a CPI seja instalada.

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Confira quais foram os 19 vereadores que assinaram o requerimento de abertura:

Adilson Amadeu (União Brasil)
André Santos (Republicanos)
Atílio Francisco (Republicanos)
Cris Monteiro (Novo)
Eli Corrêa (União Brasil)
Ely Teruel (Podemos)
George Hato (MDB)
Fernando Holiday (PL)
Isac Felix (PL)
João Jorge (PSDB)
Major Palumbo (PP)
Marcelo Messias (MDB)
Marlon Luz (MDB)
Milton Leite (União Brasil)
Rodolfo Despachante (PP)
Rute Costa (PSDB)
Sansão Pereira (Republicanos)
Rinaldi Digilio (União Brasil)
Rubinho Nunes (União Brasil)

Em 2023, Câmara de São Paulo abre “CPI das ONGs”, que tem padre Júlio Lancellotti como um dos alvos

A Câmara Municipal de São Paulo anunciou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar Organizações Não Governamentais (ONGs) dedicadas ao trabalho com pessoas em situação de rua. Entre os alvos da investigação está o padre Júlio Lancellotti.

A CPI na Câmara foi solicitada pelo vereador Rubinho Nunes, membro da União e um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL).

Com 24 assinaturas obtidas, a investigação é esperada para adquirir contornos eleitorais, já que Lancellotti mantém proximidade com Guilherme Boulos (PSol), um dos pré-candidatos a prefeito de São Paulo.

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Rubinho Nunes declarou sua intenção de focar na atuação das ONGs Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecida como Bompar, e o coletivo Craco Resiste.

Essas entidades atuam junto à população em situação de rua e dependentes químicos na região central da cidade, especialmente na cracolândia.

A Bompar é uma entidade vinculada à igreja católica, da qual o padre Júlio já foi conselheiro.

O coletivo Craco Resiste, por sua vez, combate a violência policial na região da cracolândia.

Em entrevista concedida à Folha de S.Paulo em dezembro, o padre Júlio Lancellotti refutou qualquer influência sobre as entidades em questão, afirmando não estar envolvido em projetos conjuntos com elas.

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